Toma lá, dá cá. É desta forma que está a relação do governo brasileiro com a Fifa. Nesta segunda-feira (5), foi a vez de José Sarney, presidente do senado, tomar as dores e criticar Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol mundial e alvo da irritação dos políticos.
Na semana passada, o homem-chave da Fifa na organização da Copa do Mundo de 2014 disse que os brasileiros precisavam levar “um chute no traseiro”, por conta da demora para se aprovar a Lei Geral da Copa e pelos atrasos nas obras para o Mundial.
O fato causou a ira de Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, que rebateu e ouviu, de volta, que estaria sendo “infantil”.
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A troca de farpas fez o presidente do senado, José Sarney, reforçar as críticas de Rebelo contra a Fifa e seu interlocutor.
- Eu acho que o ministro Aldo Rebelo não falou somente em seu nome e nem do ministério e do governo brasileiro. Ele falou em nome de todo o povo brasileiro, do nosso sentimento dessa intromissão indevida. Da maneira grosseira de como foi feita.
O senador ganhou apoio da Câmara dos Deputados. Em Brasília, coube ao deputado Renan Filho (PMDB-AL), presidente da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, criticar a postura adotado por Valcke, que virou alvo preferidos dos políticos.
- Nenhuma instituição, governo ou pessoa está livre de críticas; contudo, enquanto interlocutor da Fifa com o governo brasileiro, é inadmissível que o secretário-geral faça uso de expressões inconsequentes, deselegantes e de linguajar chulo, sem considerar as responsabilidades que essa relação e seu cargo exigem.
Em meio a toda essa polêmica, Jerome Valcke confirmou que continuará com suas funções e estará no Brasil no dia 15 de março, para acompanhar de perto as obras para o Mundial de 2014.
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