segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nomes de peso da política decidem voltar como vereadores no ano que vem

Em busca de reaver o poder perdido e de conquistar mais espaço para seus partidos nos estados e municípios, políticos que já tiveram papel de destaque no cenário nacional podem voltar à ribalta política pelo degrau mais baixo das disputas eleitorais: as câmaras municipais. Não faltam argumentos para justificar a reviravolta nos apelos de aliados, que alegam desde o altruísmo em ajudar companheiros até a possibilidade de transformar o mandato municipal em trampolim para o retorno ao Congresso. Em Manaus, o ex-senador Arthur Virgílio, que liderou o PSDB no Senado, tem sido tratado como a esperança do partido de recuperar espaço na Câmara Municipal. Seria um puxador de votos para a legenda e depois poderia deixar o mandato pela metade para concorrer ao Senado em 2014. A estratégia é tratada como a melhor para o partido, mas entusiasma pouco o possível candidato. Virgílio prefere a prefeitura, apesar de dizer sempre que seu projeto é nacional. Para se tornar prefeito, no entanto, teria de travar uma disputa acirrada, com poucas chances de vitória. Na avaliação de tucanos do diretório municipal, se o ex-senador aceitasse se tornar vereador, resolveria a vida do PSDB na Câmara por quatro anos. O argumento para convencê-lo é de que, além de fortalecer o partido, ele conseguiria se manter na mídia até a eleição de 2014, chegando mais perto de conseguir a vaga que o interessa no cenário nacional. Ele prometeu pensar. Bem mais decidido está o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), que recebeu do partido o pedido para sair candidato a vereador no próximo ano e possibilitar a eleição de pelo menos outros cinco integrantes da legenda, graças ao quociente eleitoral que, acreditam, seria atingido por ele. Hoje, o DEM fluminense é um retrato das dificuldades da legenda pelo país. Tem apenas cinco dos 50 vereadores da capital do estado e precisa conquistar espaço para sobreviver. Cesar Maia diz a aliados que vai aceitar o desafio se a legenda tiver certeza de que sua candidatura ao nível mais baixo do Legislativo pode mesmo engrossar a bancada para a próxima legislatura. Em situação semelhante está o ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que é tratado pelo seu partido como a esperança de puxar votos para outros candidatos e aumentar a bancada da legenda na Câmara Municipal — o problema é que ele também é o único nome de destaque dos verdes para a prefeitura. Integrantes do diretório estadual argumentam que o fortalecimento do partido no Rio pode viabilizar qualquer projeto nacional ou de governo em 2014. O presidente do PV-RJ, Fernando Guida, diz que a legenda considera Gabeira uma das melhores personalidades políticas do Brasil. “Nada mais natural do que o enxergarmos como a melhor opção para ocupar a Prefeitura do Rio.” O ex-parlamentar disse aos aliados que até o fim do ano dará uma resposta sobre as propostas que tem recebido. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles também pode descer um degrau nas pretensões políticas. Depois de ter sido cotado no ano passado para ser o vice de Dilma Rousseff e depois para a disputa do governo de Goiás, Meirelles agora é o nome defendido pelo PMDB goiano para a disputa da prefeitura da cidade de Anápolis, terra natal do banqueiro. No grupo de quem está sem mandato, mas ainda conserva prestígio dentro dos partidos, também está o ex-senador Heráclito Fortes (DEM). Segundo integrantes da sigla no Piauí, ele é o nome mais cotado no DEM para disputar o comando de Teresina. Mas, apesar da preferência e das pesquisas que mostram as boas chances de vitória do demo, ainda há dúvidas sobre a disposição física do ex-senador para enfrentar uma campanha à prefeitura. Aprovação do governo é de 48% A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff segue nos mesmos índices registrados em junho, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem. A petista tem a gestão considerada ótima ou boa por 48% dos entrevistados. Em junho, o índice era de 49%. Consideraram a administração Dilma regular, 39%, e ruim ou péssimo, 11% dos brasileiros. A aprovação é menor entre os jovens de 16 a 24 anos, com 43%. Os entrevistados que estudaram até o ensino fundamental são os que mais bem avaliam a gestão de Dilma, com 52%. A nota média dada ao governo pelos entrevistados é 6,7. O levantamento ouviu 5.254 pessoas com idade superior a 16 anos entre 2 e 5 de agosto.

Fonte : Correio Braziliense

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