Álvaro Campos, da Agência Estado
SÃO PAULO - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta, após o Departamento de Energia (DOE) dos EUA divulgar uma queda surpreendente nos estoques da commodity. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para setembro subiu US$ 3,59 (4,53%), fechando a US$ 82,89 o barril. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent avançou US$ 4,11 (4,01%), a US$ 106,68 o barril.
O DOE divulgou hoje que os estoques de petróleo caíram 5,255 milhões de barris na semana encerrada em 5 de agosto, quando os analistas previam elevação de 1,1 milhão de barris, por conta da frágil demanda nos EUA. Os estoques de gasolina recuaram 1,588 milhão de barris, mas as refinarias elevaram a utilização da capacidade para 90%, de 89,3% na semana anterior.
"A queda nos estoques de derivados de petróleo sugere que a demanda não está caindo como se pensava", diz Gene McGillian, corretor e analista da Tradition Energy. Mas ele lembra que a retração nos mercados de ações está impedindo ganhos maiores do petróleo. Muitos corretores veem os índices de ações mais importantes como um indicador do sentimento sobre a economia americana.
Outro fator que impulsionou os preços do petróleo hoje foi a afirmação do Federal Reserve (Fed, banco central americano) ontem, de que manterá as taxas de juros baixas nos próximos dois anos para estimular a economia. A declaração alimentou expectativas de que o dólar deve permanecer fraco, o que geralmente é bom para o petróleo, que se torna mais barato para compradores que usam outras moedas.
Hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que uma segunda recessão nos países desenvolvidos poderia reduzir a demanda e levar o mercado de petróleo a um superávit na oferta no ano que vem. Apesar do alerta, a agência fez apenas um pequeno ajuste nas suas previsões para o ano. As informações são da Dow Jones.
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