LEIAM
O GRUPO GUARARAPES REPASSA DOIS ARTIGOS IMPORTANTES. SÃO DE DUAS PERSONALIDADES QUE VIVERAM E AINDA VIVEM A VIDA NACIONAL. SÃO DE CORRENTES OPOSTAS, MAS QUE MOSTRAM VERDADES VERDADEIRAS.
COMISSÃO DA VERDADE E PROLEGÔMENOS
Jarbas Passarinho
http://www.dzai.com.br/aricunha/blog/aricunha?tv_pos_id=90809
Os guerrilheiros vencidos na luta armada do Araguaia jamais aceitaram a Lei da Anistia, votada por um Congresso pluripartidário em 1979 aprovada por maioria, contra a minoria numa sessão fortemente tumultuada pela esquerda radical. Desde então seus componentes têm feito da revogação da Lei de Anistia, uma obsessão que dura 32 anos. O precedente se deve à Emenda Constitucional n.11 de outubro de 1978, que restabeleceu as liberdades democráticas fundamentais. Em eleições gerais sucessivas, não tendo vencido, os radicais associaram-se ao PT, o estandarte que os recebeu como minoria útil nas eleições presidenciais quando reiteradas vezes só têm eleito cinco ou seis deputados, sua cota de aceitação popular. Vitorioso, Lula deu à ala mais resistente, o PC do B, por oito anos, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Primeiro recorreram ao Parlamento, na tentativa de anular a lei. Não obtendo apoio dos pares, recorreram ao Supremo Tribunal Federal, obcecados por obter a revogação da discutida lei cujo objetivo, para o governo João Figueiredo, não pressupunha perdoar os vencidos na luta armada do Araguaia mas conciliar a família brasileira. O Supremo negou provimento à ação esdrúxula. Manteve a vigência da lei.
Indo além no cadinho que manipula o ódio misturado certamente com calúnias, a OEA perfilhou o absurdo. Não lhe bastando submeter o Brasil ao vexame de explicar-se por crimes resultantes de ofensa aos Direitos Humanos ao violar a Convenção de Genebra, insinuam apelar para o Tribunal Penal Internacional de Haia (TPH que processa responsáveis por barbaridade na guerra da Bósnia contra a população civil muçulmana, inclusive estupros de mulheres muçulmanas “para purificação genética”. Entre eles o ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic, morto por ataque cardíaco, o general Perisic comandante do Exército iugoslavo, subordinado a Milosevic, condenado a 27 anos de prisão e outro general herói da guerra da Bósnia e mais dois coronéis, todos responsáveis por massacres de civis. A comparação com torturas chega a ser torpe. Por esses abusos os exércitos alemães (Gestapo), francês (pára-quedistas na luta de descolonização da Argélia) e os americanos, no Iraque seriam considerados crimes hediondos. No Brasil os queixosos esquecem que praticaram crime pior como atentados terroristas e assassinatos seletivos, crimes contra a humanidade, o que a OEA não viu ao conceder apoio solidário aos reclamantes. A última tentativa na mais recente reunião com o então Ministro da Defesa Nelson Jobim, parecia dar uma solução de comum acordo, reconhecendo equivalentes os dois tipos de crime, que a Constituição assim escreve como incapazes de ser anistiados. A ministra do PC do B, presente à reunião, segundo a mídia, concordou que a Comissão da Verdade averiguasse também os abusos dos guerrilheiros, selecionando o atentado terrorista no aeroporto do Recife e os assassinatos seletivos de vítimas civis e militares até por engano de pessoa.
José Genoíno, ex-deputado federal pelo PT, hoje assessor do Ministro da Defesa, é encarregado de coordenar o texto do projeto, que dormia na Câmara há dois anos. Não prosseguia segundo o processo legislativo respeitando a pública declaração da presidente da República, à mídia, do desinteresse da maoria gela votação de matéria traumática. A presidente Dilma, por motivo que só a ela cabe julgar, mudou recentemente de posição e o projeto transformou-se em urgente.
Pela primeira vez a tramitação do projeto conta com o beneplácito dos três comandantes da Forças singulares, que aprovaram o esforço do seu assessor, no sentido de dar urgência à composição da comissão prevista de sete notáveis para o estudo preliminar do texto do projeto que “investigará torturas na ditadura militar”. A mais recente reunião de que fez parte o ex. Ministro Nelson Jobim, presente e concordante a ministra Maria do Rosário, incluía a investigação dos atos terroristas na luta, citando nominalmente o atentado no Aeroporto dos Guararapes, no Recife e assassínios seletivos.
A escolha do assessor com tanta autoridade é uma oportunidade rara de julgar a tortura, que teria sofrido, e conhecer o bárbaro assassinato de um adolescente, para servir de escarmento, pelo seu próprio grupo de guerrilheiros. A pequena tropa de combate aos guerrilheiros comandada pelo capitão Lício Maciel (Livro Guerrilha do Araguaia, p.40 e seguintes), prendeu José Genoíno, de codinome Geraldo que foi retirado da frente de combate sem sofrer qualquer violência. O Capitão Licio gravemente ferido, num encontro com o Grupo Militar da guerrilha, em que houve mortes, foi também evacuado. Recuada a tropa, após o ferimento do seu comandante, os guerrilheiros camaradas de Genoíno, informados de que João Pereira, adolescente de 17 anos de idade, filho de um pequeno fazendeiro, fora o guia dos poucos militares até localiza-los na mata. Na frente dos pais, fatiaram seu corpo em partes e concluíram por facadas no coração. Deixaram claro que era uma represália para servir de escarmento a quem auxiliasse a tropa que os perseguiam
PODE SER QUE ME ENGANE
Ferreira Gullar
Os principais fundadores do PT deixaram o sonho do igualitarismo e cuidam de seu próprio enriquecimento’
Dando curso a minha tentativa de entender quem é esse cara chamado Lula, acrescento à crônica que publiquei aqui, faz algumas semanas, novas observações.Por exemplo, fica evidente que Lula e seu pessoal, ao chegar ao poder, elaboraram um plano para nele permanecer. Aliás, José Dirceu chegou a afirmar isso, poucos meses depois da posse de Lula na Presidência: "Vamos ficar no poder pelo menos 20 anos".
O mensalão era parte do plano. Descartar o PMDB e aliar-se a partidos pequenos para, em vez de lhes dar cargos ministeriais, lhes dar dinheiro. Sim, porque, para permanecer 20 anos no poder, era necessário ocupar a máquina do Estado, tê-la nas mãos, de modo a usá-la com finalidade eleitoral.Por isso, um dos primeiros atos de Lula foi revogar o decreto de Fernando Henrique que obrigava a nomeação de técnicos para cargos técnicos. Eliminada essa exigência, pôde nomear para qualquer função os companheiros de partido, tivessem ou não qualificação para exercer o cargo.Ocorreu que Roberto Jefferson, presidente do PTB, sublevou-se contra o mensalão e pôs a boca no mundo. Quase acaba com o governo Lula. Passado o susto, ele teve que render-se ao PMDB e distribuir ministérios e cargos oficiais a todos os partidos da base aliada. Não por acaso, os 26 ministérios que recebera de FHC cresceram para 37, mais 11.No primeiro momento, ele próprio deve ter visto isso como uma derrota, mas, esperto como é, logo percebeu que aquele poderia ser um novo caminho para alcançar seu principal objetivo, isto é, manter-se no poder.Se já não podia comprar os partidos aliados com a grana do mensalão, passou a comprá-los com outra moeda, entregando-lhes os ministérios para que os usassem como bem lhes aprouvesse: dinheiro ali é o que não falta. E assim, como se vê agora, nos ministérios dos Transportes, da Agricultura, do Turismo, cada partido aliado montou seu feudo e passou a explorá-lo sem nenhum escrúpulo.Lula, pragmático como sempre foi, fazia que não via, interessado apenas em contar com o apoio político que lhe permitiria garantir a sucessão, isto é, eleger Dilma. Essa candidatura inusitada -que surpreendeu e desagradou ao próprio PT- era a que convinha a ele, pelo fato mesmo de que se tratava de alguém que jamais sonhara com tal coisa e que, por isso mesmo, jamais se voltaria contra ele ou contrariaria seus propósitos. Não é por acaso que, regularmente, eles se encontram em jantares a dois, para acertarem os ponteiros e ele lhe dizer o que fazer.
Não estou inventando nada. Não só ambos já admitiram esses encontros como ela, recentemente, respondendo a uma jornalista que lhe perguntou se discordava de Lula, respondeu:
"Não posso discordar de mim mesma". Isso não exclui, porém, um fator contraditório: a necessidade que ela tem, como a primeira mulher presidente do Brasil, de afirmar sua autonomia.Cabem aqui algumas considerações. Todos sabem que o PT, nascido partido da esquerda revolucionária, não admitia deixar o poder, uma vez tendo-o conquistado. Os demais partidos aceitam a alternância no poder porque estão de acordo com o regime.
Já o partido revolucionário vem para implantar outro regime, que exclui os demais partidos. É claro que esse era o PT de 1980, que não existe mais, mesmo porque, afora o pirado do Chávez, ninguém em sã consciência acha que vai recomeçar o socialismo em Macondo, quando ele já acabou no mundo inteiro.Disso resulta que os principais fundadores do PT abandonaram o sonho da sociedade igualitária e cuidam de seu próprio enriquecimento. Por esperteza e conveniência, porém, tentam fingir que se mantêm fiéis aos ideais socialistas. Desse modo, dizendo uma coisa e fazendo outra, enganam os mal informados, enquanto usam o poder político e institucional para intermediar interesses de grupos econômicos nos contratos com o Estado brasileiro.Ideologicamente, é preciso distinguir Lula do PT, ou de parte dele, que não consegue aceitá-lo como um partido igual aos outros nem perceber Lula como ele efetivamente se tornou. Nada mais esclarecedor do que vê-lo chegar a Cuba em companhia do dono da Odebrecht, no avião particular deste, para acertar as coisas com Fidel Castro.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
REPASSEM, POR FAVOR
Ola querido amigo, nada com voce nao. Estive doente a semana toda e ainda me encontro aguardando alguns exames, por ora porem nao posso me arriscar a ficar muito em frente do PC. A cabeca doi e eu tenho que sair. A sua pagina e uma das que eu jamais deixo de ler. Estes dois artigos por exemplo sao muito bons e vou emprestar o de Ferreira Gullar para postar la no Politica & Polemica do Orkut, ok? Assim que melhorar volto as atividades. Obrigada pela atencao comigo. Abracos, Tereza
ResponderExcluirEntão eu sempre tive razão às minhas afirmativas sobre a época dos guerrilheiros . Sabedora dos acontecimentos pois, li o livro mencionado, sempre achei muito fácil José Genoino que nem aparece, ser assessor do Ministro da Defesa Celso Amorim que é um diplomata dos ruins e que de defesa não entende nada. Só entende mesmo de rechear seus bolsos e dos companheiro.Esperança poderia ter se dona Dima resolvesse mostrar as carra que ela tem e encarar todo mundo de peito aberto. Mas isso é impossível, pois não tem firmeza de caráter.
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