domingo, 7 de agosto de 2011

Câncer de esôfago: No Brasil, 11 mil pessoas têm

No Brasil, 11 mil pessoas têm câncer de esôfago

Fonte: Jornal da Paraíba

O ator Marcos Paulo está fazendo tratamento para se curar de um câncer no esôfago. Pouco se fala sobre o esôfago – o tubo muscular que liga a garganta ao estômago. Mas o câncer de esôfago está entre os dez mais incidentes no Brasil, sendo o sexto colocado entre os homens e o nono entre as mulheres, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Uma pesquisa do mesmo Instituto revela que, em 2010, o número de casos estava perto de 11 mil em todo País, sendo 7.890 em homens e 2.740 casos detectados em mulheres. Já um estudo iraniano, divulgada em 2009 pela revista especializada British Medical Journal, destaca a teoria que liga o consumo regular de bebidas muito quentes a danos no revestimento interno do esôfago. De acordo com o gastroenterologista e cirurgião oncológico Dino Altmann, diversas são as causas, incluindo histórico familiar e associação genética. Mas uma coisa é certa, segundo o especialista: hábitos de vida e alimentares são fortes fatores de risco – entre eles o de ingerir bebidas quentes e alcoólicas, além do tabagismo e dentes mal conservados. “Não se conhece o mecanismo específico que origina o câncer. A esofagite, que é uma inflamação do esôfago, decorrente do refluxo gastro-esofágico também predispõe a um tipo específico de câncer da porção mais baixa do esôfago, junto à sua junção com o estômago”, explica o especialista. Ele afirma ainda que a falta de nutrientes também é fator de risco, já que a proteção do órgão se dá também pela ingestão de fibras, de vitaminas A, C e Carotenóides (alimentos de cor amarelo, alaranjado, vermelho e verde). Detecção - Neste tipo de câncer, as células malignas começam a se desenvolver no revestimento interno do órgão e, conforme a evolução dos tumores, eles podem atingir outras camadas mais profundas do esôfago. é uma doença bastante grave já que, em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. E os sintomas característicos, como dificuldade ou dor ao engolir, dor torácica ou atrás do osso que fica no meio do peito, náuseas, vômitos ou perda de apetite e peso, podem aparecer quando a doença já estiver avançada. “é muito importante para o tratamento que a detecção seja precoce, já que é uma doença muito agressiva e letal. O fato de o esôfago possuir uma rede muito extensa de vasos linfáticos logo abaixo do revestimento interno, pode rapidamente provocar a disseminação para os gânglios linfáticos e chegar a metástases”, explica Dr. Altmann. Estão associadas também à incidência deste tipo de tumor a existência de outros problemas do órgão, como acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o estômago), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar no revestimento interno do esôfago). Podem provocar a doença também a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV); a tilose (espeçamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés); e a Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro). Prevenção e tratamento – Uma dieta rica em frutas e legumes é fundamental. Além disso, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e hábitos tabagistas (não somente o cigarro, como mascar fumo, fumar charuto e outros também são um risco). Atividades físicas também são muito recomendadas, pois fortalecem o organismo em qualquer situação. Na maioria dos casos, a cirurgia está indicada. Dependendo da extensão da doença, a cura não acontece e o tratamento pode ser apenas paliativo, através de quimioterapia e/ou radioterapia. (Da EPNews)

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