A corrupção chega ao Ministério

Todo povo brasileiro sabia e a própria presidente Dilma não desconhecia o passado recente do ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci e do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Pesavam sobre ambos denúncias concretas de corrupção no exercício de função pública. Palocci fora demitido do Ministério da Fazenda pelo ex-presidente Lula, por ter quebrado o sigilo bancário de seu caseiro Francenildo. Ato incompatível com detentor de tão alto cargo. Alfredo Nascimento pertencia ao famoso grupo do Mensalão, cujo chefe era o deputado cassado e ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, denunciado pelo procurador geral da República. A nomeação de tais ministros deveria constituir dil(e)ma para a presidente, já que os erros do passado dos escolhidos provavelmente acarretariam más consequências e desprestígio ao governo. Infelizmente, em nosso país a corrupção tem caráter de epidemia, minando amplos setores da sociedade e, principalmente, do governo. O grande incentivo da corrupção em nosso país é a impunidade ou por falta de ação da autoridade e de uma legislação civil e criminal capaz de fazer face aos casos concretos, os quais, em sua maioria, acabam prescritos e arquivados. Infelizmente, até hoje não conhecemos uma vacina contra a corrupção. Por este motivo, pergunto: será que vale a pena ser honesto neste país?