O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmud Abbas, declarou neste domingo (28/08) que vai solicitar à ONU (Organização das Nações Unidas) ainda este ano a adesão completa do Estado palestino à organização. Segundo o dirigente, esse pedido não atrapalha as negociações com Israel, já que, sem sua opinião, "as portas para as negociações de paz se fecharam".
Em entrevista publicada pelo jornal jordaniano Al-Dustu, ele disse que a ANP irá à ONU, mas afirmou: "Se as negociações (com Israel) forem abertas com condições (estipuladas pelos palestinos), nós as aceitaremos. As negociações terão prioridade".
Os palestinos pedirão à Assembleia Geral da ONU, que se reunirá no mês que vem, que aceite a Palestina como membro pleno, com território baseado nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, ou seja: com a Faixa de Gaza, os territórios ocupados da Cisjordânia e o setor oriental de Jerusalém.
Abbas explicou que, caso seja aprovada a adesão à ONU, seu status de território em disputa será alterado para Estado sob ocupação, o que também obrigaria Israel a se ater à condição de potência ocupante.
O líder palestino acrescentou que a ANP recorrerá ao mesmo tempo à Assembleia Geral da ONU e ao Conselho de Segurança do órgão, onde disse que já foram iniciadas as medidas para apresentar o projeto palestino. Entretanto, ele admite que há grande chance de um veto norte-americano.
Com relação à Assembleia Geral, Abbas declarou acreditar que o triunfo da tese palestina está garantido, já que 122 de um total de 193 países-membros já reconhecem o Estado palestino.
O governante afirmou ainda que está sofrendo muita pressão para interromper os trâmites para a adesão à ONU.
"Nos disseram que o Congresso norte-americano cortará a ajuda financeira (mais de 500 milhões de dólares anuais) que concede à Autoridade Palestina", disse Abbas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário