terça-feira, 30 de agosto de 2011

Da serie "LAMAÇAL". PSDB pede que PGR apure indenização a Gleisi por demissão

O PSDB entrou nesta terça-feira com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito civil e criminal contra a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com o documento, a ministra deve ser investigada por ter recebido indenização de R$ 41 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao deixar o cargo de diretora da Usina Hidrelétrica de Itaipu para concorrer ao Senado em 2006.
A representação é assinada pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), e pelo vice-líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP). Eles pedem a investigação de crime de peculato e de improbidade administrativa. Os parlamentares alegam que houve prejuízo aos cofres públicos com a demissão, pois o pagamento de indenização seria desnecessário, já que a exoneração a pedido seria obrigatória para que Gleisi pudesse concorrer ao Senado.
Os políticos também pedem abertura de inquérito contra o diretor-geral da hidrelétrica, Jorge Samek, e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles justificam a inclusão de Lula afirmando que a Presidência da República é responsável por nomear ou demitir diretores indicados. Também afirmam que Samek tinha a responsabilidade de impedir uma diretora de executar uma ação em benefício próprio.
"Indiscutível, portanto, que todos os representados tinham plena ciência que a ministra Gleisi Hoffmann não deveria ter sido demitida pelos representados no dia 29 de março de 2006, pois também tinham pleno conhecimento de que, no dia 1º de abril, no máximo, a ministra não mais poderia estar exercendo suas funções para poder se candidatar a senadora da República", alegam no documento.
Em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira, Gleisi negou que tenha agido de modo a ser favorecida ao ser demitida da diretoria da Itaipu Binacional. Segundo a petista, "a exoneração aconteceu de acordo com as regras em vigor na empresa, como a maioria dos trabalhadores e diretores de lá são exonerados. Não houve um fato diferenciado para me beneficiar", garantiu.
Gleisi afirmou que, ao sair da empresa, não era certo que ela seria candidata ao Senado, já que o PT ainda debatia a questão das coligações e fazia prévias. "Me coloquei à disposição da Procuradoria-Geral da República para, além de esclarecer o ocorrido, fazer o que me for orientado. Não somos infalíveis, podemos errar ao longo de nossas vidas, mas o erro pode ser reparado se ele causar prejuízo. Mas não houve intenção minha de causar qualquer prejuízo."

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