As segundas eleições municipais da história da Arábia Saudita estão transcorrendo de maneira desigual, sem a participação das mulheres, nem observação internacional.
As grandes cidades não registraram aglomerações de eleitores nas seções: de fato, o número de pessoas que compareceu aos centros de votação do norte de Riad foi limitado à primeira hora, da mesma forma que em alguns pontos de Jidá, no oeste da Arábia Saudita.
Enquanto isso, a participação foi intensa nas localidades médias, confirmou à agência Efe o membro da Comissão Eleitoral Abdullah Al Mansur, que destacou que foi maior em municípios como Hafr Al Batin, de 300 mil habitantes e situado a nordeste da capital.
Com relação à supervisão das eleições, a votação está sendo observada por advogados e profissionais sauditas independentes. Nenhuma organização de direitos humanos internacional está presente no país para acompanhá-la.
O presidente da Comissão Eleitoral, Abdul Rahman Al Dahmash, justificou a ausência de organizações humanitárias e estrangeiras afirmando que o país preferiu recorrer a recursos nacionais "para garantir a transparência e boa organização da operação".
Na província de Jidá, foram registradas várias queixas depois que chegaram mensagens de texto aos celulares de alguns eleitores, orientando-os a escolher listas determinadas.
"Estas mensagens estavam assinados por juízes e imames", disse à Efe um morador de Jidá, que pediu anonimato.
Está previsto que os colégios eleitorais fechem suas portas às 17h do horário local (11h de Brasília) em todas as regiões do país.
Segundo a Comissão Eleitoral, os resultados serão anunciados imediatamente nas cidades e povoados onde houver apenas um colégio eleitoral, enquanto os demais resultados serão divulgados no dia 1º.
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