sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Chávez diz que comunidade internacional precisa "ouvir" Kadafi



O ditador comunista da Venezuela, Hugo Chávez, pediu que seja dada atenção ao seu amigo líbio Muammar Kadafi, que advertiu que a guerra em seu país "será longa", e fez votos para que se concretize a proposta de formação de uma comissão internacional de países para fazer a mediação entre o líder e os rebeldes. "Hoje aconteceram coisas importantes na Líbia. Kadafi disse hoje algo que é preciso ouvir: a guerra será longa", sustentou o líder por telefone à televisão estatal desde o hospital onde recebe quimioterapia.
Nesta quinta-feira, Kadafi convocou seus seguidores a resistirem para fazer frente a "uma guerra prolongada", em uma nova mensagem divulgada pelo canal de televisão sírio Al Rai. "Sua resistência deve aumentar dia a dia. Preparem-se para uma guerra de guerrilhas e guerra urbana, e propaguem uma resistência popular ao longo da Líbia", afirmou Kadafi, que permanece em paradeiro desconhecido.
Com relação ao conflito na Líbia, Chávez disse esperar que a proposta venezuelana, da União Africana e de muitos outros amigos do mundo se concretize, e pediu que se "detenha essa loucura". O líder venezuelano propôs no final de fevereiro a criação de uma comissão internacional de países que possa mediar o diálogo entre o governo de Kadafi e os rebeldes com o objetivo de pôr fim ao enfrentamento.
Em meados de abril, Chávez indicou que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, lhe pediu que fizesse esforços para tirar esse plano do papel. "O império ianque e seus aliados, os velhos impérios europeus... É uma loucura o que está ocorrendo na Líbia", insistiu Chávez ao criticar que "muitos dos que agora estão apoiando a agressão contra a Líbia estavam (anteriormente) aí sentados aplaudindo".
Chávez apoiou Kadafi incondicionalmente desde o início das operações internacionais e conversou em várias ocasiões com o líder líbio, embora não tenha feito isso nos últimos dias, confirmou à o chanceler do país, Nicolás Maduro.

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