quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Opositores ao regime são condenados à prisão perpétua no Barein

A justiça militar do Barein confirmou nesta quarta-feira a prisão perpétua de oito opositores, entre clérigos xiitas e ativistas de direitos humanos, por tentarem derrubar o regime durante os protestos que ocorreram no país em fevereiro.
Para completar, agência oficial BNA também confirmou que o tribunal condenou outras 13 pessoas com penas de 15 anos.
Todos os detidos são acusados de colaborar com organizações terroristas estrangeiras, atacar a ordem constitucional e as normas do poder real, entre outros delitos.
Alguns dos condenados à prisão perpétua são conhecidos opositores do regime, como Hassan Mushaima, secretário-geral do partido xiita Haq, que retornou a Barein do exílio em Londres em fevereiro. Mushaima foi um dos presos políticos que se beneficiou de um perdão real emitido.
Entre os dez sentenciados a 15 anos de prisão aparece o ativista político Mohammed Ali Ismail, o blogueiro Ali Abdulemam, e Abbas Al Omran, membro do Centro de Barein para os Direitos Humanos.
Esta nova decisão foi divulgada após as eleições do último sábado, que definiu 14 deputados dos 40 que compõem o Parlamento. O pleito foi boicotado pelo Al Wefaq, principal partido da oposição, que já em fevereiro deixou a Câmara em protesto contra a repressão das revoltas ao regime.
A condenação ratificada nesta quarta evidência de novo a divisão no país, que é governado pela minoria sunita, enquanto 70% da população pertencem à comunidade muçulmana xiita, que reivindica reformas democráticas e um papel mais representativo no reino.

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