Os islamitas somalis shebab convocaram nesta quinta-feira suas células no Quênia a atacar, em represália à entrada na Somália de tropas quenianas que travaram seu primeiro combate contra estes insurgentes desde o lançamento de sua operação, há quase duas semanas.
"Os mujahedines do Quênia, sobretudo os treinados em nossos acampamentos militares, devem combater no interior do Quênia", declarou Mujtar Robow Ali, um importante comandante shebab, diante de uma multidão reunida em uma cidade próxima a Mogadíscio.
"É hora de agir, de agir duramente contra o inimigo, é preciso provocar uma enorme explosão", acrescentou.
As tropas quenianas tentam neutralizar os shebab, islamitas leais à Al-Qaeda acusados por Nairóbi de realizar uma série de sequestros de europeus no Quênia nas últimas semanas.
Os islamitas somalis, que controlam a maior parte do sul e do centro da Somália, negam estar envolvidos nestes sequestros.
O Exército queniano afirmou nesta quinta-feira ter matado nove shebab e informou sobre dois feridos em suas fileiras, no "primeiro combate (em terra) com esta milícia".
A batalha teve início quando 45 combatentes shebab atacaram uma coluna do exército queniano que circulava entre Tabda e Beles Qooqani, a 60 km da fronteira.
O porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua, afirmou nesta quinta-feira que o objetivo desta intervenção é "destruir as redes (islamitas) dos shebab o quanto antes", já que os insurgentes "representam um perigo claro e atual para a segurança do mundo e, em particular, da África do Leste".
No entanto, está descartado "ocupar a Somália ou permanecer uma hora além do necessário" no local, acrescentou.
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