quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ONGS, ROUBO, BANDIDO E SAÚVA

È tanto roubo que o GRUPO GUARARAPES não tem mais como informar aos nossos 12000 assinantes em tempo hábil. Estamos juntando dois artigos de jornalistas de renome, que analisam a bandalheira em BRASÍLIA.

A presidente só tem feito resolver problema de roubo e o Ex ainda atrapalhando. É o fim de tudo.

O 2º artigo assim termina: “ Agnelo Queiroz tem digitais em todos os lugares por onde passou: Anvisa, Ministério do Esporte e GDF. E o que está vindo a tona a agora é trajetória política do maior operador do Caixa 2 do PCdoB. Trajetória política que se mistura com processos e assassinatos de crimes de queima de arquivos”.

No tempo em que os homens tinham vergonha na cara alguém ia morrer. Chamar outro de ladrão era a HONRA atingida e só a morte lavava. Hoje como não honra fica tudo como se encontra –“no melhor dos mundos” como dizia o Dr. Plangloss de VOLTEIRE.

Pedimos desculpas. Os acusados nunca ouviram falar em VOLTEIRE e do DR. PLangloss. Sabem apenas que socialismo é resolvido roubando o ESTADO. Foi e será assim.

GRUPO GUARARAPES

AS ONGS, A REVOLUÇÃO, A SAÚVA E A CORRUPÇÃO

José Nêumanne jornalista e escritor,

Contra o revolucionário Orlando Silva - ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e prosélito da doutrina marxista-leninista do companheiro Enver Hoxha, que destruiu a economia albanesa, modelo de miséria na Europa mesmo quando esta era próspera - algo pesa mais do que as denúncias do antigo companheiro João Dias Ferreira. Pesa uma fotografia, publicada neste jornal, da casa do denunciante. João Dias Ferreira é soldado da Polícia Militar (PM). Normalmente seus companheiros de farda e soldo vivem em favelas, são perseguidos e muitas vezes até mortos por bandidos quando vizinhos ligados ao crime, organizado ou não, delatam sua profissão, tendo como base a farda lavada secando no varal. O ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B) que Sua Excelência chama de "bandido", para desacreditá-lo, mora numa mansão de dar inveja até a burgueses que os comunistas da linha albanesa, que combateram no Araguaia, satanizam.

Ora, dirá o leitor exigente, então o denunciado está coberto de razão. O delator só poderia morar onde mora se tiver praticado algum crime, mais especialmente, a corrupção. A questão toda é a seguinte: por que Ferreira mora numa mansão e seus colegas de patente não conseguem ir além do barracão de papelão e zinco no infortúnio da sub-habitação das grandes cidades brasileiras? A resposta está no noticiário: o PM militou no partido que detém o comando do desporto nacional às vésperas da Copa do Mundo no Brasil e da Olimpíada no Rio de Janeiro. E o dinheiro que Orlando Silva e o PC do B, partido que toma conta do Ministério do Esporte, juram que o soldado roubou não é de nenhum deles, mas nosso: meu, seu e do sem-teto que nem sonha com uma casa própria mais simples do que a que os leitores deste jornal, para estupor geral, foram informados que é de um praça de salário baixíssimo.

Queixou-se Orlando Silva de que o querem derrubar no grito. A chefe dele, Dilma Rousseff, fez coro a esse desabafo, reclamando que o subordinado é vítima de "apedrejamento moral". Nem a presidente nem o ministro, contudo, foram capazes de explicar quais as razões da destinação generosa que o governo federal fez de milhões de reais de dinheiro público para a ONG do militante educar criancinhas carentes praticando esportes.

Dilma teve uma prova da deslealdade do ministro quando este deixou claro, na primeira explicação que tentou dar ao público, que não foi ele que mandou dar nosso dinheiro suado ao "bandido" fardado. Teria sido o antecessor, Agnello Queiroz, que saiu do PC do B e do ministério para se eleger governador do Distrito Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de seu ex-chefe Luiz Inácio Lula da Silva e da chefe atual, Dilma Rousseff. Tendo sido secretário executivo do Ministério do Esporte antes de tomar posse na pasta, Sua Excelência deve ter motivos para chutar o espírito de corpo para escanteio. Se houvesse no Brasil oposição digna do nome, já estaria exigindo para o governador tratamento similar ao dado a seu antecessor, José Roberto Arruda, do DEM.

Como o ex-partido do ex-governador e seus aliados tucanos preferem dar entrevistas bombásticas a agir, Agnello Queiroz comporta-se como a personagem com que Carlos Drummond de Andrade encerra seu poema Quadrilha (título perfeito, hein?), "J. Pinto Fernandes, que não tinha entrado na história". E, aproveitando-se da solerte inércia de adversários incapazes, Lulinha, o "perdoador", que guindou Silva ao ministério, pregou a "resistência". O PC do B, cujo projeto revolucionário resistiu muito pouco, parece disposto, conforme demonstrou seu programa no horário gratuito da televisão, a não arredar o pé das promessas de negociatas representadas pela Copa e pela Olimpíada que vêm por aí.

Os poucos brasileiros lúcidos que não se deixam ludibriar pela enganosa prosperidade econômica sabem que tudo não passa de grotesca tapeação dos devotos fiéis de Enver Hoxha. Para começo de conversa, as últimas administrações federais terceirizaram a administração (e, ao que parece, o furto generalizado) a entidades conhecidas como organizações não governamentais. Com o devido respeito às ONGs sérias, muitas delas têm sido usadas para burlar o fisco, a fiscalização e, sobretudo, o cidadão vigilante, que trabalha duro e sonha com uma gestão honesta para o dinheiro que recebe como paga de seu trabalho e compartilha com o Estado. De não governamentais entidades como as dos militantes do esporte albanês nada têm. São apenas a exibição explícita do desgoverno de quem busca no Orçamento público sombra e água fresca.

O escândalo do Ministério do Esporte põe em xeque outro mito da administração pública brasileira recente, o da governabilidade. No sistema de governo presidencialista dependente do Parlamento irresponsável, trocam-se votos de apoio das bancadas governistas por cargos na máquina pública. A barganha instituída da outorga da Constituição de 1988 para cá institucionaliza a hipocrisia total. Alguém pode achar que os companheiros de José Genoino no Araguaia deram a vida pela causa revolucionária de comandar as máquinas de arrecadação de grandes eventos esportivos? É claro que os partidos da base de apoio não se engalfinham por cargos para gerir bem a República, mas, sim, para fazer caixa. E alguém, em sã consciência, pode crer que é possível fazer caixa sem desviar recursos de projetos públicos para interesses privados?

É essa lógica, e não o oportunismo da oposição ou o espírito de porco dos meios de comunicação, que explica as fraudes nos feudos revelados nos Ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura, antes, e agora no do Esporte. O mal do Brasil hoje deixou de ser a saúva dos tempos do Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, para se revelar nos furtos do cofre da viúva permitidos pelo desgoverno e no troca-troca exigido pela cumplicidade chamada de governabilidade.

AGNELO QUEIROZ, O CAMARADA TRAIOR

Mino Pedrosa

23 DE OUTUBRO DE 2011

A Polícia Federal saiu semana passada em busca de Daniel Almeida Tavares e Marília Coelho Cunha envolvidos no processo da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária que corre em segredo de justiça. Os dois operadores de um esquema de propina na Agencia de Saúde do Governo Federal , durante a gestão do atual governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, estão foragidos. A surpresa foi que Marília Coelho Cunha foi nomeada nesta 4ª feira, para um cargo no Governo do Distrito Federal, conforme o Diário Oficial de 19 de outubro de 2011, seção 2, página 36, mas está desaparecida.



A Polícia também não sabe de Daniel, mas o ex-funcionário do Laboratório União Química tem uma história para contar. Num fim de semana, quando Agnelo Queiroz estava à frente da Anvisa, recebeu Daniel em sua mansão no Lago Sul. O governador do DF, levou Daniel para uma biblioteca no subsolo de casa, onde pouquíssimas pessoas costumam frequentar. Daniel estava preparado para documentar o encontro desde a entrada na mansão de Agnelo. Alí, o rapaz entregou R$ 75 mil ao então dirigente da Anvisa como pagamento de propina efetuado pelo Laboratório União Química.


Agnelo reclamou a Daniel. Sentiu falta de R$ 5 mil na quantia combinada. O rapaz prometeu ao político depositar o dinheiro no dia seguinte. E o fez, através de transferência bancária via HSBC. Deste modo, Daniel recolheu mais uma prova contra Agnelo Queiroz.



Outro episódio que Daniel tem registrado é o presente que a União Química deu para o filho de Agnelo Queiroz: um Pálio branco. Agnelo perguntou a Daniel o valor do carro e foi informado: R$ 30 mil. O Governador pediu que Daniel então vendesse o veículo e depositasse o dinheiro em sua conta bancária. O que foi feito em seis parcelas semanais, no mesmo HSBC.



A história de Marília Coelho Cunha é tão interessante quanto a de Daniel e envolve a mesma União Química. Marília foi Gerente de Inspeção e Controle de Insumos da Anvisa e responde processo de favorecimento ilícito ao Laboratório.

Essas informações não estão exclusivas de Daniel. Fazem parte também de um dossiê que o soldado quatro estrelas João Dias Ferreira tem em suas mãos sobre seu camarada Agnelo Queiroz. João Dias procurou Daniel e recolheu o material para tentar salvar, na época o então amigo de PC do B.

Sabe-se que Marília mora numa mansão no condomínio Ville de Montagne, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, que ganhou de presente da União Química, através de Agnelo e Rafael. Foragida da Polícia Federal, por conta do processo da Anvisa, a moça foi nomeada para presidir comissão de licitação na Secretaria de Saúde na última 4ª feira, mas já se sabe que não pretende comparecer ao trabalho, pois está novamente sob a guarda de Agnelo e Rafael, o todo poderoso Secretário do DF.

Daniel Almeida Tavares também ganhou de presente um cargo público: foi nomeado para um cargo na Administração do Plano Piloto, mas preferiu não aceitar e pediu pra sair.

O médico do interior da Bahia Agnelo Queiroz chegou a Brasília com um objetivo: ser político. Pra começar, filiou-se ao PCdoB e juntou-se ao colega e neurologista Rafael para a escalada iniciada em 1990 na Câmara Legislativa do DF. Em janeiro de 2003 o doutor em seu terceiro mandato de deputado federal pelo PC do B é nomeado pelo presidente Lula , ministro do Esporte. Um Ministério sem grandes projeções, com um caixa muito baixo, mas com grandes possibilidades.

Os holofotes começavam a acender com a Lei nº 10.264, conhecida como Lei Agnelo/Piva, de 16 de julho de 2001, que estabelece o repasse de 2% da arrecadação bruta de todas as loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro. Agnelo colhia, como Ministro dos Esportes, rendimentos que plantou no Congresso Nacional E além disso, ganhou de presente os Jogos Pan Americanos, responsáveis por muito de seu sucesso, mas o começo de sua derrocada com prestação de contas do PAN.

Para o Ministério do Esporte, Agnelo levou seu fiel escudeiro e colega médico neurologista Rafael Barbosa, o mentor intelectual dos esquemas desde seu primeiro mandato como distrital, e um velho camarada do PC do B, truculento esportista de Kung Fu, João Dias Ferreira, para implantar o projeto Segundo Tempo. Nascia ali um dos mais promissores esquemas de Caixa 2, da Esplanada dos Ministérios, a partir de ONGs ( Organizações Não Governamentais) criadas especificamente para desvio de verbas públicas.

O então ministro, com os camaradas do PC do B, Rafael, João Dias e o secretário geral Orlando Silva e o cofre do partido cheio, ganhou mais ainda a simpatia do presidente da República, e junto com isso o convite para disputar a vaga de senador pelo Distrito Federal, como petista.

O pensamento de Agnelo estava voltado para o Senado Federal, onde em 2006 perde para o ex-governador do DF, Joaquim Roriz, numa complicada disputa que acabou por derrubar Roriz e levar ao cargo de senador o suplente Gim Argelo, apesar do processo de Agnelo, tentando anular a eleição de Roriz e chegar ao cargo como segundo colocado.

No PT, sem mandato, Agnelo vira um corpo estranho. É preciso mostrar serviço. A jogada passa a ser levar para o PT o Caixa 2 montado no Ministério do Esporte para o PCdoB, onde o partido deixou Orlando Silva, com o segredo do cofre. Agnelo articula e fecha vários acordos, blinda a Operação Shaolin no Senado, através de Gim Argelo, que troca o mandato de senador pela blindagem de Agnelo no Senado e o apoio para o Governo do DF.

Em outubro de 2007, Agnelo chega a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária,e começa a se cacifar mais no PCdoB. Monta um novo esquema de arrecadação de Caixa 2,com os Laboratórios, que passa a girar garantindo-lhe mais a confiança do presidente Lula e a caminhada para o Governo do Distrito Federal. O cuidado de Agnelo com o Caixa 2 fez com que o médico ganhasse mais força política.

Agnelo é eleito governador do DF, pelas mãos de Lula e de um PT dividido quanto a opção do ex-presidente. Acordos e alianças envolvendo o PCdoB , que garantiu a galgada de Agnelo ao GDF, começaram a bater de frente com as alianças do PT nacional e local. Os interesses das alianças de Agnelo se embaralharam.

Mas o trio Agnelo, Rafael e João Dias não podia mais parar. A solução de Agnelo foi pegar o truculento e ameaçador João Dias, seu fiel escudeiro e transformá-lo no operacional da transferência do esquema de Caixa 2 do PCdoB para o PT, dentro do Ministério do Esporte. O soldado partiu pra cima de Orlando Silva, pressionando, o ministro do Esporte, seu camarada, e, fez chegar as mãos do Coronel Buarque, homem de confiança da presidente Dilma Housseff, o relatório com toda a Operação Shaolin e o envolvimento de Orlando Silva e do PCdoB no esquema das ONGs.

A presidente Dilma, antes de partir para viagem internacional, em companhia de vários ministros, entre eles o próprio Orlando, questionou o líder do PCdoB, deputado Aldo Rebelo, acerca das atitudes do ministro do Esporte. Aldo preferiu não falar sobre o assunto e chamou a responsabilidade para Orlando.







Agnelo foi preservado o tempo todo por João Dias, que não pretendia matar a galinha dos ovos de ouro, no caso, o agora governador do Distrito Federal, que mudou a vida do simples esportista comunista para um bem sucedido empresário dos esportes, com direito a carros importados e mansão em cidade satélite de Brasília. O alvo principal era Orlando Silva. Mas o ministro resolveu não segurar o problema sozinho.


O escândalo e ameaças do soldado com poderes de general 4 estrelas, João Dias, revelado pela Revista Eletrônica Quidnovi com exclusividade no dia 11 de outubro passado, vem a tona através de matéria da Revista Veja no fim de semana seguinte, quando o ministro se encontra em Guadalajara para abertura dos Jogos Pan Americanos, e a partir daí repercute em toda a imprensa.


O ministro do Esporte então resolve não segurar sozinho a Operação das ONGs no programa Segundo Tempo, e mostra publicamente de onde partiram as pressões. Orlando Silva puxa o ex-companheiro do PCdoB e agora governador do DF pelo PT, Agnelo Queiroz, e coloca o médico sob os holofotes da mídia.


O PC do B acusa que há dedos do PT nesta confusão toda e a base aliada do governo está ameaçada. Para aplacar a crise, sabe-se que o Palácio do Planalto quer manter o Ministério do Esporte sob a tutela do PC do B. E o PT sabe que tem dedos do partido nessa história. Mas os dedos que aparecem no PT são os do Governador do DF Agnelo Queiroz , considerado um petista de última hora, e desafeto de vários companheiros.

Agnelo Queiroz tem digitais em todos os lugares por onde passou: Anvisa, Ministério do Esporte e GDF. E o que está vindo a tona a agora é trajetória política do maior operador do Caixa 2 do PCdoB. Trajetória política que se mistura com processos e assassinatos de crimes de queima de arquivos.

NÃO ESQUEÇAM:

Primeiramente temos de dar impressão de que somos democratas. No início teremos que aceitar certas coisas. Mais isto não durará muito tempo.”

MARCO AURÉLIO GARCIA

ASSESSOR ESPECIAL PARA POLÍTICA EXTERNA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

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