segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Procurador da Republica se manifesta

VEJAM ONDE CHEGAMOS! ESTAMOS NO FIM

O GRUPO GUARARAPES JUNTOU DOIS DOCUMENTOS PARA DELEITE DOS AMIGOS.
O PRIMEIRO É O DUSCURSO DO SENADOR MÁRIO COUTO DE UMA VIRULÊNCIA MUITO ACIMA DO NORMAL. PARECE CÍCERO DISCURSANDO CONTRA CATILINA. SE O NOSSO SENADO FOSSE SÉRIO ALGUMA CPI TERIA QUE APURAR O QUE O SENADOR AFIRMOU.
O SEGUNDO DOCUMENTO É O TRISTE QUADRO DAS FORÇAS ARMADAS COMANDADAS POR AMORIM E GENOINO. UM DESCALABRO CANTADO EM PROSA E VERSO PELO PROCURADOR DA REPÚBLICA DR. MANOEL PASTANA.

Leiam e vejam o descalabro da REPÚBLICA

GRUPO GUARARAPES

DISCURSO DO SENADOR

O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB – PA. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) – Srª Presidenta, Srs. Senadores, depois dessa longa sessão de debates desta tarde, assumo a tribuna, Srª Presidenta, Sr. Secretário Cícero Lucena, para mostrar à Nação brasileira, para mostrar ao povo brasileiro aquilo que as ruas deste País comentam e falam nesta última semana, Senador Delcídio.

A corrupção neste País atinge índices alarmantes, Srs. Senadores. Nunca, na história da República, Senador Cristovam... Diga-me qual foi a época, na história da República, em que se viu tanta corrupção? Podemos folhear todos os livros da História deste País, mas nunca se pode encontrar comentários de corrupção como nos dias de hoje.
Mais um ministro, e parecia que estava tudo serenado. E mais um ministro...
Presidente Cícero, peça para aumentar um pouco o som, porque a minha garganta... Está muito baixo.

O SR. PRESIDENTE (Cícero Lucena. Bloco/PSDB – PB) – V. Exª pediu, e com certeza o setor técnico já ouviu.

O SR. MÁRCIO COUTO (Bloco/PSDB – PA) – Agradeço. Obrigado, Presidente, agora, sim.
Parecia que tudo estava serenado, comentava-se que a Presidenta Dilma tinha feito uma faxina; os jornais, as revistas comentavam: o Lula deixou um bagaço para a Presidenta Dilma, e a Presidenta faz uma faxina. A faxina acabou, parou, pensava-se assim. Não parou, brasileiros, infelizmente não parou. A corrupção neste País é maior do que se pensa, é maior do que se imagina. A corrupção neste País não tem limites. Está fora do alcance de todos, está fora do alcance dos Tribunais de Contas da União, porque a corrupção, neste país Brasil, tornou-se, historicamente, a maior de todos os tempos. Hoje é o Ministro Orlando Silva, do Esporte.

Aliás, esse Ministro já teria que ter sido tirado desse Ministério há muito tempo, desde que se pegaram os cartões coorporativos usados por ele em pagamento de hotéis. Desde esse tempo, esse Ministro deveria ter sido demitido. São milhões, bilhões de reais tirados do povo brasileiro.
Dilma e Lula, Lula e Dilma, os dois Presidentes. Lula diz aos ministros corruptos: “Resistam não se entreguem”.
Agora, a Dilma parece que vai obedecer ao colega. O problema, brasileiros, é que a Dilma foi eleita com a popularidade do Lula e a Dilma não tem força suficiente para fazer uma faxina neste País.
Este Ministro Orlando Silva é o que mais dura até hoje na crise, porque a Dilma tem dificuldade agora, porque o Lula criticou a Presidenta, dizendo que ela estava tirando facilmente os seus queridos ministros.
A Dilma, agora, vê-se em situação difícil. “O que faço?”, pode dizer a Dilma agora. “Se eu demitir, o Lula vai se aborrecer comigo”. Porque ele foi enfático: “Resistam, não entreguem as suas pastas, não entreguem os ministérios, deixe lhes acusar, mas não entreguem, continuem a corrupção”. Ô Lula! Por que falas assim, Lula? Que declaração maldosa, Lula! Como um ministro reconhecidamente culpado, comprovado em gravações...Quem será o próximo? Com certeza, amigo do Lula e que a Dilma não vai poder tirar, mas que virá, virá. Não vai parar por aí, Brasil, não vai estancar por aí, Brasil... A corrupção está em todos os Ministérios.
A revista Veja desta semana mostra que são 85 bilhões – TV Senado mostre ao povo brasileiro a capa da revista Veja desta semana –, são 85 bilhões, Brasil, que se perdeu no ano passado com corrupção. Este dinheiro aqui, que a Veja mostra à Nação brasileira, é dinheiro do seu bolso, é dinheiro do imposto que você paga, é dinheiro tirado para a saúde que você paga, é dinheiro para a educação, é dinheiro para a estrada que estão roubando do bolso do brasileiro, que estão tirando descaradamente, que estão tirando cinicamente do bolso do brasileiro. Quem será o próximo? Esta é a pergunta que a Nação brasileira faz hoje nas ruas.
A revista Veja mostra que com esse dinheiro poderia se construir um milhão e meio de casas populares, Brasil. Um milhão e meio de casas populares! Senador Paulo Paim, meu querido amigo, onde estão os nossos aposentados, por quem aqui sempre lutamos, Senador Paulo Paim? E um bando de ladrões nesta Nação, Senador Paulo Paim, um bando de ministros a roubar o povo brasileiro! Meu caro Senador, e o aposentado na miséria neste País, Senador Paim! Os aposentados sofrendo, Paulo Paim! A diferença entre os aposentados e um Senador, por exemplo, e um Deputado Federal, e um Vereador, Senador... Qualquer Senador pode chegar a sua residência agora que tem uma farta geladeira a sua vontade; que tem uma televisão de 50 polegadas; que tem um ar-condicionado; que tem hospital particular à vontade... E eles, o que têm, Senador? E eles, o que ganham neste País? E eles, ao lerem a revista Veja desta semana, veem os números do roubo nesta Nação. Pior, Nação brasileira, é que não acontece nada! Eu aqui disse ao Sr. Pagot que ele podia roubar porque nada iria acontecer a ele. E ele roubou, e foram bilhões que ele roubou, Nação! E absolutamente nada aconteceu a ele. O que vai acontecer aos ministros que foram flagrados? O que vai acontecer aos ministros que roubaram bilhões de reais? Eu duvido! Eu aposto! Eu renuncio a meu mandato! Está escrito aí, está gravado aí: se um ministro desses pegar cadeia, eu renuncio, Senadores! Tenho V. Exªs e o Presidente da Casa como testemunha: eu renuncio a meu mandato se algo acontecer com esses ladrões, se algo acontecer a esses patifes!
E não adianta se aborrecerem comigo, porque aqui nesta tribuna eu tenho o direito de falar pelo povo brasileiro, eu represento o meu Estado que está sendo penalizado por esta corrupção. Represento, Senador! Represento o Estado do Pará, que me mandou para cá fazer isto, que me mandou fiscalizar, que me mandou zelar pelos dinheiros que cada paraense paga para ter hospital, paga para ter estrada, paga para ter educação, paga para ter esporte, paga para ter lazer. E o Ministro Orlando Silva colocando no seu bolso o dinheiro dos meus irmãos paraenses.
Senador Jayme Campos, sabe V. Exª quanto já foi aplicado do PAC no meu Estado, Senador? Não sei se no seu também é assim. Roubam tanto, roubam tanto e depois dizem que não tem dinheiro para nada! Roubam tanto e depois dizem que não tem dinheiro para o aposentado, que não tem dinheiro para aumentar o salário mínimo, que não tem dinheiro para fazer obra!
Prometeram, há três anos, fazer um monte de obras na minha cidade de Belém por meio do PAC. Roubaram tudo! Roubaram tudo, meu Pará! Não fizeram nada! É um bando de ladrão! E 80% das obras que prometeram não fizeram, Belém; não fizeram, Pará!
E ainda tem Senador que diz que eu não devo chamar ladrão aqui na Tribuna. Eu vou chamar de quê, Senador Paulo Paim? O que é que eu vou dizer para esses que tiram bilhões de reais dos brasileiros, dos famintos, daqueles que mendigam, que você sabe, que você conhece, que eu sei, que eu conheço, Senador Paim, de que é que nós vamos chamar? De bonzinhos? De corruptos? Não é ladrão mesmo, é bandido, igual aquele ladrão de galinha! É galinheiro!
Ah, porque é ministro ninguém pode chamar aqui de ladrão!
A Nação está assaltada! A Nação está assaltada! São cínicos!
Este Ministro agora foi em uma Comissão, Senador Jayme Campos. Lá estava eu, agora, na quarta-feira passada. Lá estava eu... E ele posava de sério. Ele chegou e disse assim: “Eu sou sério!”, este Orlando Silva. “Eu não fiz nada! Isso é mentira da revista Veja. Eu vou processá-la! A revista Veja vai ter que me indenizar. Eu não fiz nada!”.
Parecia sério. Eu digo: será que esse cara roubou ou não roubou? Fiquei em dúvida, Senador. Aí eu resolvi fazer um teste com ele: “Ministro, V. Exª é sério?” “Sou sério.” “Então, prove para mim que V. Exª é sério.” Foi agora, quarta-feira. “Peça ao Senado Federal que o investigue. Se V. Exª é sério, peça a abertura de uma CPI no Senado Federal, que é a Casa apropriada para investigá-lo.” Em primeiro plano, é o Senado; em segundo, é o Ministério Público; em terceiro, é a Polícia Federal.
“Peça ao Senado uma CPI para investigá-lo. Se o senhor pedir agora, Ministro, eu vou defendê-lo na tribuna.” Ele me respondeu: “Mas eu não posso pedir”. “Lógico que o senhor não pode pedir. Peça ao Senador que está aqui do meu lado, do seu partido, do PCdoB.” E aí ele calou, Jayme Campos. E eu disse a ele: “V. Exª não é sério. V. Exª não é sério, não. Isso é papo furado de V. Exª”
Desmoralizei, desmascarei, e ele posava como sujeito altamente sério. E eu via na minha frente um cara que tinha roubado o povo brasileiro! Aliás, é o quinto Ministro, Senador Jayme. Qual será o próximo, Senador? Isso não vai parar, Senador!
Se a palavra for chula, Sr. Presidente, V. Exª a retire, por favor, mas eu vou dizer: isso está uma esculhambação. Está uma esculhambação, Deputado Priante, esta Nação.
Eles sabem que não se pega nada, Brasil! Eles metem a mão porque não são punidos, Brasil! E ainda vem o Lula dizer para eles resistirem, Brasil! Ô Lula, pelo amor de Deus, não esculhamba mais do que está!
Lula, a Nação te considera um homem popular. Tu ganhaste popularidade dando esmola a quem precisa. Mas não diga para resistir à corrupção, Lula! Isso é um crime! São palavras criminosas de V. Sª, que já foi o Presidente da República, que manda na atual Presidenta. Ela está toda enrolada, Lula. Tu disseste isso aí, para o Ministro resistir, e ela não quer demitir, não sabe se demite. Ela está toda enrolada. Ela não sabe se demite, porque se demitir vai desagradar quem a colocou no poder. E o Brasil inteiro sabe foi o Lula.
Esse é o problema, Priante, de quem deve a alguém a sua candidatura. Esse é o grande problema!
Brasil querido, Pátria querida, tu ainda vais ver muita corrupção. Tu ainda vais assistir a muita corrupção. Esse Ministro, cínico pela própria cara, ao dizer que era honesto, não será o último. Quem será o próximo, meu nobre Senador? Quem será o próximo, Jayme?
Vamos olhar para o relógio e ver o dia de hoje. Aposto eu se terminou a queda de Ministro – se é que o Orlando Silva vai cair. Aposto eu, Suplicy. Aposto eu, Presidente, que seja o último. Tem muito ladrão ainda nesses Ministérios, Presidente. Tem muito ministro ladrão que deveria estar na cadeia, Presidente! Mas sabe quantos vão para a cadeia, Presidente? Nenhum! O Arruda só foi, mericedamente, porque não é do PT; se o Arruda fosse do PT, Nação, não iria preso.
Nação brasileira! Olhem para mim aqueles que estão me vendo pela televisão! Olhem para mim! Contem o dia de hoje, contem o que estou falando. Se isso não for verdade, me chamem de mentiroso. Sabem quantos vão para a cadeia...
(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB – PA) – Dê-me só mais um minuto, Presidente.
Sabem quantos vão para a cadeira desses que são filiados ao Governo do PT? Sabe, Nação brasileira, quantos vão para a cadeia? Nenhum! Nenhum! É por isso que acontece, é porque eles sabem que nada acontece com eles e que eles podem roubar à vontade. Nada! Absolutamente nada, Nação! Absolutamente nada! Nem Lula nem Dilma têm coragem para punir alguém filiado a eles! Nenhum! Nenhum foi preso, nenhum será preso!
Muito obrigado, meu Presidente. Desculpe por ter-me alongado.

AMORIM E GENOINO COMANDAM O MINISTÉRIO DA DEFESA

O ex-chanceler Celso Amorim e o ex-guerrilheiro José Genoino, o primeiro como ministro da Defesa e o segundo como assessor especial, são exemplos de coragem e patriotismo que servem de estímulo à tropa.

Certamente os militares devem estar muito satisfeitos, orgulhosos com a missão que têm de defender o país. O Brasil está muito bem em termo de defesa, assim como está no combate à corrupção (os corruptos estão com tanto medo da repressão contra eles, que o verbo corromper só se conjuga no passado...).

Quando Evo Morales, também conhecido como “Evo Petrobale” ou “Evo Cocale”, com seus bem nutridos soldados de 1,90m de altura, invadiram as instalações da Petrobras na Bolívia e tomaram no grito a propriedade brasileira, Celso Amorim, então ministro das Relações Exteriores, disse a Lula que Morales estava no direito dele. Parece que Lula gostou do que ouviu e nada fez em defesa da estatal brasileira. Como “prêmio” à “coragem” de “Cocale”, Lula perdoou dívida de 52 milhões de dólares da Bolívia para com o Brasil e ainda aceitou que o invasor aumentasse o preço do gás que vende para nós.

Celso Amorim também auxiliou Lula a ajudar o bispo mulherengo Fernando Lugo a cumprir promessa de campanha pela Presidência do Paraguai. O bispo Lugo, que não levava a sério as limitações do sacerdócio e “faturou” umas devotas, engravidando várias delas, elegeu-se presidente do Paraguai prometendo obrigar o Brasil a pagar o “preço justo” da energia que o país dele nos “vende”, em decorrência da sociedade que tem na Hidrelétrica de Itaipu. Lula aceitou a imposição do companheiro guarani e o Brasil passou a pagar 300% a mais pela energia “comprada” do Paraguai.

O Paraguai é sócio do Brasil na Hidrelétrica de Itaipu. Como aquele país consome apenas 5% da energia a que tem direito na sociedade, vendia o restante ao Brasil pelo preço de custo. Fernando Lugo fez campanha e foi eleito, acusando fenselau; nosso país de ser explorador. Ele teria razão, se não fosse um pequeno detalhe: o Paraguai não gastou um único centavo com a construção da mega hidrelétrica. Tudo foi suportado pelo contribuinte brasileiro.

Para se ter uma ideia da dimensão de Itaipu, que continua sendo a maior hidrelétrica do mundo, mais de 40 mil operários participaram da obra. Foram 13 anos de construção, sendo gasto 15 vezes mais concreto do que no Eurotúnel que liga a Inglaterra à França. Aliás, 15 mil operários levaram sete anos escavando a construção do Eurotúnel, porém o volume de escavação na construção de Itaipu é 8,5 vezes maior do que o do empreendimento europeu. Itaipu é tão grande que hoje, 26 anos depois de sua construção, o Paraguai só consegue consumir 5% dos 50% da energia que lhe cabe na sociedade.

Nessa sociedade, o país vizinho só entrou com a cara. É como se um empresário convidasse um mendigo para construir um shopping no lugar onde este dormia. O mendigo teria 50% de direito na sociedade, sendo que sua quota financeira no empreendimento seria paga com o faturamento do shopping quando entrasse em funcionamento. Mutatis mutandis (feitos os ajustes necessários), foi isso o que aconteceu no referido empreendimento. O Paraguai não teria a menor condição de arcar financeiramente, pois o investimento representava várias vezes o seu PIB (Produto Interno Bruto). Então o Brasil assumiu o ônus financeiro, sendo que a parte do Paraguai ficou para ser paga com excedente da energia que lhe cabe na sociedade, e não consegue consumir.

Pelo acordo, o Brasil comprava o excedente da energia a preço de custo, sendo que a quitação da dívida do Paraguai ocorrerá no ano de 2023. A compra pelo preço de custo era justa, pois o investimento fora realizado apenas pelo contribuinte brasileiro. Não é razoável o Paraguai, que nada investiu, querer ter lucro em cima do investimento brasileiro. É muito o que aquele país já ganhou, porquanto desde a construção, no início da década de setenta, ele vem se beneficiando, pois milhares de empregos diretos e indiretos contemplaram tanto brasileiros como paraguaios, e a estes só coube o bônus; alem disso, em 2023, com a quitação da dívida na sociedade, o Paraguai será dono de 50% de um empreendimento de muitos bilhões de dólares, várias vezes superior ao seu PIB.

Por ter cedido ao capricho do presidente Paraguaio, Lula onerou o contribuinte brasileiro em 300% do valor da energia adquirida da quota do Paraguai, cujo investimento foi brasileiro. O presente de Lula foi aprovado pelo Congresso Nacional em maio desde ano. A “justificativa” para a aprovação é que o aumento do valor da energia, que representará algumas centenas de milhões de dólares a jorrar nos cofres paraguaios todos os anos, não será repassado ao consumidor, pois os recursos sairão do Tesouro Nacional. A pergunta que se faz é quem banca o Tesouro Nacional? É o Lula com suas palestras? É o Celso Amorim com suas aulas? ou.é o espoliado contribuinte brasileiro que trabalha mais de cinco meses por ano somente para pagar impostos e terá mais uma conta a ser suportada em razão dos caprichos megalomaníacos de uma pessoa, que nunca deu duro para estudar (há estudantes no interior da Amazônia que saem de suas casas 11 horas da noite para estudar no outro dia. Lula não precisaria fazer tal sacrifício, mas ele preferiu não estudar...), bem como se aposentou muito cedo, não sabendo como é duro trabalhar para pagar impostos.

A propósito, em apenas oito anos de mandato, Lula endividou o Brasil em um trilhão de reais (dívida pública interna), o que representa mais de seiscentos bilhões de dólares. Em 20 anos de governo, os militares endividaram o país em 100 bilhões de dólares, ou seja, em apenas oito anos, Lula endividou o Brasil seis vezes mais do que os militares endividaram em 20 anos de governo, sendo que os milicos fizeram várias obras gigantescas como, por exemplo, a Hidrelétrica de Itaipu; enquanto Lula apenas prometeu, mas não fez nenhuma obra de porte grande. A infraestrutura do país continua a mesma do século passado. E mais. Ao contrário dos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC que passaram por situações de instabilidade econômica, sendo necessário investir em vários planos econômicos, Lula não precisou investir em nenhum plano, pois apenas continuou com o Real.

Pois é, além de Lula ter saído passeando pelo mundo, torrando o dinheiro suado do imposto do contribuinte no luxuoso Aerolula, ele fazia muita “caridade”, perdoando dívidas de países devedores do Brasil. A paixão dele era por ditadores; por exemplo, ele perdoou dívida do Gabão, governado por um ditador, acusado de possuir bilhões de dólares em paraísos fiscais. Se não bastassem a roubalheira com a corrupção interna, os gastos astronômicos com cabide de empregos e exageradas mordomias, o grande “estadista” distribuía benesses mundo a fora. Tudo, claro, custeado pelo contribuinte brasileiro.

Lula, o Papai Noel de ditadores, saiu, mas a conta ficou. A dívida interna está quase chegando a dois trilhões de reais. A externa, que disseram ter sido paga em 2005 (e muita gente acreditou...), está quase chegando a 300 bilhões de dólares. Os efeitos disso repercutem diretamente no emprego das montanhas de recursos arrecadados com os impostos. Só nos cinco primeiros meses do ano, foram arrecadados meio trilhão de reais. Grande parte desse gigantesco recurso deve ter sido utilizada para pagar juros da dívida, principalmente a interna, outra robusta parte deve ter vazado pelo ralo da corrupção, uma parte menor, mas de bom tamanho, deve ter sido utilizada para fazer publicidade, a fim de ocultar a verdadeira realidade, sobrando muito pouco como retorno à sociedade. É por isso que o Brasil está com a infraestrutura do século passado, e a educação, saúde, segurança e outros serviços públicos são prestados em condições piores as de países do Terceiro Mundo.

A propósito, no livro “Viagens com o Presidente”, editora Record, 2ª edição, p.93, está registrado para que gerações futuras saibam, já que a atual parece não querer saber, o critério utilizado pelo ex-presidente Lula para “conquistar o mundo”. O registro consigna a grande importância do atual ministro da Defesa, Celso Amorim, no magnífico trabalho desenvolvido pelo ex-presidente, que hoje ensina o que fez nas suas palestras. Vejamos o registro:

Nas viagens internacionais, (Lula) tem outra mania. Logo no início do trajeto de volta ao Brasil, chama o ministro Celso Amorim e um oficial da Aeronáutica à sua cabine e, com a ajuda de um grande mapa-múndi, trata de ficar imaginando quais poderiam ser as próximas nações a serem visitadas. A rotina, então, é questionar Amorim sobre as características dos países apontados por ele no mapa, e ao militar pergunta a respeito de questões técnicas das rotas imaginadas, como escalas e trajetórias viáveis à aeronave.

Como se vê, Celso Amorimo, ex-ajudante do Papai Noel de ditadores, foi
muito importante no governo passado e agora o será no Governo Dilma, ainda mais contando com o assessoramento do ex-guerrilheiro José Genoino. Para quem não sabe, Genoino participou da chamada Guerrilha do Araguaia, ou melhor, ele quase participou, pois antes mesmo que fosse dado o primeiro tiro, o nosso herói desistiu da luta. Não só desistiu, como ajudou a seus companheiros a desistir.

Havia cerca de 90 guerrilheiros na Selva Amazônica. Os militares não tinham certeza da existência deles, então enviaram cerca de dez homens do serviço de inteligência para a região. Quando os guerrilheiros souberam que os milicos estavam na área, eles fizeram igual àqueles “corajosos” trezentos e poucos bandidos, armados de fuzis, que fugiram do morro igual a galinhas assustadas com medo da raposa, quando dois pequenos tanques com duas dúzias de policiais subiram o morro. Os “valentes” guerrilheiros fizeram o mesmo, tomaram doril e sumiram na densa selva, deixando para trás o acampamento e um faminto cachorro vira lata.

Genoino foi pego no meio do caminho, interrogado pelos milicos, ele disse que se chamava “Geraldo” e que era um caboclo da região. Os militares pediram para ver a mão dele e observaram que era igual a do Lula (a mão do caboclo é grossa, devido ao trabalho duro). “Geraldo” foi conduzido para o acampamento abandonado. Lá chegando foi “dedurado” pelo vira lata que foi para cima dele abanando o rabo e fazendo ruídos característicos de cães que pedem desesperadamente comida. Com a certeza de que “Geraldo” não era Geraldo, os militares disseram que se ele não colaborasse, seus “documentos” seriam extraídos com o próprio facão (ele portava um facão na cintura, quando foi pego) e serviriam de fonte de proteína para o animal faminto.

Apavorado com o “argumento” dos militares, Genoino abriu o verbo. Informou o nome falso que cada guerrilheiro usava, posição que ocupava na guerrilha etc.. Além disso, tirou foto e fez declaração a seus companheiros para que se entregassem. O material foi confeccionado em panfletos e jogado de helicópteros no meio da selva. A estratégia funcionou, a maioria se entregou e quem não seguiu o conselho de Genoino virou presunto.

Portanto, Genoino tem todos os requisitos para o importante cargo que exerce, inclusive foi condecorado em maio deste ano com a “Medalha da Vitória”. Ele faz jus à condecoração, pois é um vitorioso, ponha vitorioso nisso.

Com efeito, a experiência e o elevado espírito nacionalista do ex-chanceler Celso Amorim e mais a coragem do ex-guerrilheiro José Genoino, os brasileiros podem ficar tranquilos:a defesa do país está em boas mãos; boas, não, ótimas.

Manoel Pastana

Procurador da República e Escritor

www.manoelpastana.com.br

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