terça-feira, 4 de outubro de 2011

Venezuela: oposição nega plano desestabilizador e confirma eleição



A aliança de oposição ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, negou o plano desestabilizador atribuído a ela pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e confirmou que usará a via eleitoral para tentar tomar o poder no ano que vem.
O secretário-geral da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, ressaltou que o antichavismo trabalha visando às eleições de outubro de 2012 e que é o primeiro interessado "em manter a Constituição e as leis da República em sua efetiva vigência".
Aveledo respondeu assim à denúncia do vice-presidente do PSUV, Aristóbulo Istúriz, que a oposição planejou realizar neste mês ações violentas, planificadas junto a "fatores internacionais".
"Internamente, os fatores da oposição, dirigidos pela grande oligarquia internacional, tentam promover a desestabilização e prepararam para o mês de outubro uma onda de ações", acrescentou Istúriz em entrevista coletiva do PSUV.
Para o dirigente do partido presidido por Chávez, "a oposição vem tentando impulsionar o isolamento internacional da Venezuela". "Querem que se levante um expediente a partir de supostas violações aos direitos humanos", além de envolver pessoas próximas a Chávez e outras autoridades em supostos delitos de narcotráfico e terrorismo, e de acusar o Governo de atentar contra a liberdade de imprensa e, inclusive, a de culto, acrescentou Istúriz.
Nesse sentido, disse que na próxima sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) realizará uma reunião em Genebra sobre direitos humanos que terá a "Venezuela como o centro dos ataques".
Na própria sexta-feira, replicou Aveledo à emissora privada Unión Radio, a MUD realizará um ato "com todos os pré-candidatos para lembrar ao mundo que falta um ano para a mudança", em alusão às eleições presidenciais de 7 de outubro de 2012.
"Queremos o caminho constitucional, o caminho democrático", disse, e lembrou que a oposição realizará em fevereiro eleições primárias para escolher o "candidato unitário" que enfrentará Chávez, que aspira seguir na Presidência no período 2013-2019.

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