segunda-feira, 21 de novembro de 2011

AVESTRUZ EM CAMPO ABERTO...

Ralph J. Hofmann

À medida que “Dilma y sus Dilmettes” deixam para traz o passado, nunca realizado a contento, de faxineiras da república cada vez mais parecem se convencer de que na realidade nasceram para ser “socialites”.
Se no passado evitavam responder as perguntas da imprensa, assim como o próprio corpo-a-corpo democrático, quase desconhecido da nossa imprensa de alma chapa-branca, em que o repórteres jamais pressionam por respostas mais contundentes, deixando este tipo de questionamento para a outra categoria de profissionais de imprensa, os jornalistas (*), hoje mantém-se a uma aristocrática distância, blindadas em seus “tailleurs” discretos, não raro de padronagens de mau gosto, assessoradas por suas secretárias para assuntos sociais, que lhes entregam o “script” do “improviso” do dia, e a mantém à distância do público suado e empoeirado, separadas por barreiras humanas ou cordas de veludo verde-amarelas.
Dia a dia Dilma com sua comitiva mais parecem uma rainha francesa acompanhada de seu séquito de aias e damas de companhia.
Quanto às faxinas? “Bem as faxinas... Ah!... hummm...! ehem...! Sim, certo devemos fazer faxinas, estou providenciando faxinas, com a ajuda do caro Carlos Lipi , hmmm... não,... parece que é Lupi, Sem, sim, sim assim que eu voltar da minha visita para ajustar meu próximo vestido para banquete vou me reunir com ele saber por que a FAB não o levou na suas visitas. Imaginem, fazerem um ministro de estado viajar de aviãozinho à hélice! “
O que é patético sobre as avestruzes são duas coisas.
O maior país consumidor de suas plumas é o Brasil, devido ao carnaval. (Cultura inútil).
Mas o segundo aspecto patético é que eles realmente escondem a cabeça num buraco pensando se esconder.
Acontece que terra de avestruz é geralmente em descampado. Elas gostam de muito espaço. E nada aparece mais do que uma avestruz com a cabeça enfiada num buraco num descampado que se estende até a linha do horizonte. Sei por que já vi isto num pôr-do-sol no litoral da Península do Cabo na África do Sul.
Nada mais visível do que uma presidente de tailleur elegante fingindo que se colocar a cabeça num buraco o Lupi, o avião Queenair e um monte de ONGS não existirão mais. Desta nem mesmo sua preceptora do “Nôtre Dame de Sion” poderá safa-la. A hora de explicar que na realidade a avestruz não desaparece foi lá por 1964.


(*) Repórteres relatam. Jornalistas relatam e avaliam, buscam outros relatos conflitantes e emitem posições ou opiniões, quando não têm a palavra cassada ilegalmente por um judiciário podre.

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