Centenas de dependentes da cracolândia montaram um acampamento no centro de São Paulo. Ao lado da Estação Júlio Prestes, um trecho de 300 m da rua Helvétia está fechado para a cidade e livre para o crack. Ali ninguém mais entra a pé ou passa de carro - nem mesmo o caminhão da coleta de lixo da prefeitura. E até duas linhas de ônibus tiveram de mudar seu trajeto. Dezenas de barracas foram erguidas nas calçadas por usuários de drogas que se mudaram em definitivo para a região. Com fogões de duas bocas e pequenos botijões de gás, alguns deles cozinham e fazem fogueira para espantar o frio. O dia todo é a mesma cena: motoristas apavorados dão marcha à ré ao tentarem entrar na rua Helvétia, logo quando observam a multidão de viciados espalhados no meio da rua. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De dentro das lonas erguidas nas calçadas saíam idosos, crianças, estudantes com mochilas nas costas, mulheres grávidas, catadores de papelão. Todos andavam a esmo em uma rua que parece desconectada com o resto da cidade. Segundo relatos de moradores e de vigias de empresas, a PM e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) teriam cercado os grupos de dependentes nesse espaço que está meio vazio e desabitado, cheio de pensões e bares lacrados em 2009 pela prefeitura. Seria uma forma de evitar que eles voltem a se espalhar por áreas residências ou redutos de lojas, contaram alguns PMs ouvidos pelo jornal. Mas o comando negou. Muitos dependentes entraram nesses locais lacrados e estão morando nos imóveis. Eles chegam a quebrar as paredes de cortiços abandonados para revender o entulho.
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