quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É só ...‏

“É só nas beiradinhas”, sussurrou o estuprador.
Convivemos, diariamente, em plena efervescência dos movimentos grevistas, instrumento alimentado a pão - de – ló, desde a vigência do desgoverno social do lulo – petismo, para a glória da pelegada.
Algumas categorias chegam ao desplante de gozar de questionáveis paradas em decorrência do furor grevista, uma e até duas vezes por ano. É uma orgia institucionalizada.
A princípio, os grevistas ganham. Se não tudo o que reivindicam, pelo menos a metade, ou dois terços, o que já dá para os gastos. Descontar os dias parados, só se alguém for doido varrido de decidir semelhante despautério.
Até o judiciário entra em greve. Mas gente fina é outra coisa, fazem uma greve branca, por 24 horas, de alerta para mostrar o estrago que podem fazer no andor da justiça brasileira.
Poderia ficar um mês parado, duvidamos que alguém notasse. Mas a ameaça surte efeito, e suas reivindicações são atendidas “in totum”.
Em matéria de greve, a maioria dos sindicatos planeja sua agenda de terror para o próximo ano; por exemplo, nós que mal acompanhamos a vida dos paulistanos sabemos de antemão, que lá pelo meio do ano, pum, será deflagrada a greve dos motoristas e dos cobradores.
A agenda é cheia, da limpeza urbana, dos correios, da PF, dos metroviários, dos funcionários do INSS, dos aeroviários, que já sinalizam a sua tradicional greve de fim de ano, etc. A lista é longuíssima.
De fato, hoje, qualquer categoria com ou sem razão para de repente, quando dá na telha de seu sindicato. Se não ganha tudo o que exige, pelo menos ganha algum, e pelo fato de não arrebanhar tudo o que reivindicava arruma um bom argumento para a próxima greve, que poderá ocorrer no decurso do mesmo ano.
Quanto aos militares das Forças Singulares, ao contrário dos demais, que possuem várias entidades de classe, de todos os níveis hierárquicos, dos soldados, dos cabos, dos sargentos, dos oficiais, dos com medalha, dos sem medalha, e assim por diante, a simples ideia da criação de sua agremiação ou entidade, ou um sindicato, é apedrejada no nascedouro. É um crime pensar nesta blasfêmia.
Antes morrer de fome e na miséria do que cometer o sacrilégio de criar uma entidade, que venha a suplicar, quanto mais exigir alguma coisa.
Hoje, no contexto sindicalista em que este País vive, chega a ser ridículo uma categoria, mesmo desprestigiada, não possuir uma reles entidade capaz de expor a pobre situação de seus associados.
A diferença dos salários dos militares federais em relação aos militares estaduais, e às demais categorias dos três poderes é estapafúrdia e desmoralizante, e isto se deve, e o desgoverno sabe disto, a um mutismo disciplinado e a um respeito paranoico.
Inútil esperar - se a boa vontade dos governantes, eles estão preocupados é com o voto e, na atualidade, o voto está subordinado às BOLSAS.
Assim, para amenizar a penúria dos militares federais, sugerimos que seja solicitada ao desgoverno uma BOLSA - CASERNA. Caso a mesma fique dependente de votação nos candidatos do PT, não se preocupem, aceitem, pois mais vale um salário digno no bolso e um cretino no poder, do que um salário vilipendiado e, vomitando, um cretino no poder.
Não sabemos quem, mas parece que alguns vivem de palavras, como "blá, bla´.... por isso prosseguiremos com os projetos prioritários de aparelhamento das Forças, sem deixar de valorizar os homens e as mulheres que tornam esses projetos possíveis". E os aplausos foram delirantes.
Antes, era comum os milicos serem enrolados na Bandeira; hoje, é no papel higiênico, às vezes usado.


O respeito já foi perdido mesmo.

Brasília, DF, 20 de dezembro de 2011.


Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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