quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Angela Merkel e Netanyahu "exigem" que Irã negocie sobre programa nuclear
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, exigiram na quinta-feira que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, comece as negociações com a comunidade internacional sobre o programa nuclear do país. A informação foi passada pelo porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert. Em conversa telefônica, Netanyahu saudou Merkel pelo embargo da União Europeia ao petróleo iraniano, anunciado na segunda-feira, e agradeceu os esforços do país europeu para a aprovação das medidas.
Mais cedo, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu que as autoridades iranianas cumpram seus compromissos internacionais, interrompam seu programa de enriquecimento de urânio e garantam a passagem marítima pelo estreito de Hormuz. "Algumas declarações de líderes iranianos são motivo de preocupação", assegurou o chefe da organização militar do Ocidente, que alegou, apesar disso, que "a Otan como organização não está envolvida na questão iraniana".
Ministros e membros do Parlamento iraniano ameaçaram, em discurso, o fechamento da passagem caso as ações de União Europeia e EUA intensifiquem o embargo proposto na segunda-feira ao petróleo iraniano. Por Hormuz, passa 20% do petróleo comercializado no mundo.
Irã propõe negociar
Na primeira declaração após o embargo, na quinta-feira, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad afirmou que está pronto para negociar sobre o programa nuclear do país e pelas novas sanções petroleiras e financeiras da União Europeia e dos Estados Unidos, anunciadas na última segunda-feira. "Eles [os países ocidentais] dizem que o Irã foge das negociações, mas isso não é verdade. Quem tem o direito ao seu lado não teme as negociações".
Nos últimos dias, dirigentes europeus e americanos disseram desejar ver o Irã de volta a negociações sérias com o chamado grupo dos 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, mais Alemanha). Sobre as declarações, o presidente iraniano criticou os ocidentais por "adotar cada vez mais sanções antes das negociações, para perturbá-las".
Em visita a Kerman, no sul do Irã, o presidente disse que o país "não será afetado" pelas medidas europeias contra o petróleo do país. "Já chegamos a ter 90% de nosso comércio voltado para a Europa, mas agora essa região representa apenas 10%", disse Ahmadinejad. Ele afirmou que há 30 anos os EUA não compram petróleo do Irã e não possuem relações com o Banco Central do país.
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