LIXO

Ralph J. Hofmann

Toca o telefone.

“Alô, Senador? “

“Sim Boris Julian como está? “

“Muito bem agora por ouvir sua voz.”

“Muito bem jovem. Só que estou preocupado com vocês.”

“Por que senador?"

“Por que jogaram lixo espacial no meu estado sem me consultar? Estão querendo escapar de pagar a minha parte?”

“Não senador, o lixo espacial que caiu no seu estado não tem nada a ver conosco. Sabe muito bem que todo o lixo que jogamos no seu estado é colocado lá muito discretamente, acho até que a sua família é que não vem jogado lixo lá com suficiente discrição. Será que eles não estão fazendo alguns acordos por fora com gente menos discreta?”

“Olha, ... bem pensado, vou ter de dar uma olhada. Desconfio que aquele lixo hospitalar interceptado poderia estar destinado ao meu estado. Vou investigar. Talvez faça até uma proposta ao pessoal do lixo hospitalar.”

“Ok senador. E olha tem um lote de lixo químico procurando um lar. Paga muito bem. Ligo quando souber os detalhes. E também uma partida de lixo atômico que vai lhe interessar. Pagam a maior taxa de depósito de todas.”

“Tudo bem Boris Julian. Mas discreto. Por favor discrição. Estamos indo bem. Se precisar eu transfiro a população para o Haiti para caber mais lixo, mas você tem de ser discreto. Essas peças caindo do céu não ajudam em nada. “

“Sim senador. Mas tem uma coisa que o senhor podia fazer por mim.”

“O que Boris.”

“Marca um encontro para mim com aquela mulher forte do vídeo que estava brincando com a esfera. Me amarro naquele tipo! “