quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O CAUDILHO DA CASA BRANCA

Ralph J. Hofmann

Sempre voltamos aos danos à diversidade causados pela insistência no politicamente correto. Como diz Arnaldo Jabor: “Vou embora antes que ser gay se torne obrigatório”.

Vou repetir o que sempre digo. Não chamo negros de crioulos ou outro nome qualquer. Acho de mau gosto. Acho pode ser ofensivo, mas é uma posição pessoal de cada um. Ninguém deveria poder ser processado por usar outra denominação qualquer salvo se incitasse à violência ou instruísse uma empresa que controla a não contratar pessoas de outra raça.

Da mesma forma não interessa o que eu acho sobre o aborto. A questão é que no Brasil se faz abortos. Portanto isto é uma realidade. Então melhor que sejam feitos em ambientes sãos, por processos seguros.

Lembram do Nelson Carneiro e do divórcio? Quase todos os parlamentares que ano após ano votavam contra o divórcio tinham membros de suas famílias que eram desquitados e que haviam iniciado novas relações estáveis. Inclusive muitos dos próprios parlamentares. Portanto realmente havia divórcio no país. Mas fazia-se rapapés a uma moralidade estranha da década de 30.

Agora Barack Obama “o brahma da casa branca” decidiu que as escolas católicas precisam ensinar sobre aborto, drogas abortivas e controle de natalidade e que as universidades precisam distribuir drogas abortivas etc.

Veja, imbuído de uma falta de consciência de onde começa ou termina sua autoridade e seu direito de impor o que acha certo ou errado ele parte para cima de setenta milhões de eleitores católicos e lhes impões seus critérios.

Isto não é uma reforma social. Os católicos que se sentem à vontade com o aborto o fazem, tanto nos EEUU como aqui. Não alardeiam mas fazem. O problema é que este dogma é básico para os mais religiosos.

A ação de Obama passa a ser uma invasão da liberdade de culto.

As instituições católicas pretendem contestar juridicamente mas não descartam a possibilidade de ir às ruas protestar. Os católicos têm ótimos advogados, mas a minha sensação é de que num ano de eleições a briga vai para as ruas, pois o processo seria demorado. E se a briga for para as ruas terá sido igual ao idiota que cutuca a onça com a vara curta. Isto em ano de eleição.

Esperamos que os bajuladores de Obama não proponham também a obrigatoriedade de ser bissexual.

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