sábado, 4 de fevereiro de 2012

Obama condena assassinatos na Síria e exige renúncia de Assad

O presidente americano, Barack Obama, acusou neste sábado o governo sírio de Bashar al-Assad de assassinar civis em um "ataque indescritível" na cidade de Homs e pediu sua renúncia. "Assad deve por fim agora à sua campanha de assassinatos e de crimes contra seu próprio povo. Deve dar um passo atrás e permitir que comece de imediato uma transição democrática", afirmou Obama em comunicado.

A contundente condenação do presidente americano foi feita em meio a informações de que mais de 200 civis foram assassinados em uma noite por ataques a bomba das forças sírias em áreas residenciais da conflituosa cidade de Homs. O Conselho de Segurança da ONU se reúne para elaborar um projeto que condene o regime de Assad e aderir ao plano da Liga Árabe de uma transição política, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia tem programada uma reunião com o líder sírio em Damasco na próxima semana.

"Trinta anos depois de seu pai massacrar dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes em Hama, Bashar al-Assad demonstrou um desdém similar pela vida humana e pela dignidade", ressaltou o presidente americano, referindo-se ao histórico massacre de 1982 na cidade síria de Hama, quando milhares de pessoas morreram sob o então regime de Hafez Assad. Na opinião do presidente americano, Bashar al-Assad "não tem direito a liderar a Síria e perdeu toda a legitimidade com seu povo e com a comunidade internacional". Obama, que considera o colapso do atual regime sírio "inevitável", pediu à comunidade internacional que trabalhe para "proteger o povo sírio desta repugnante brutalidade".

"Hoje o governo sírio assassinou centenas de cidadãos sírios, incluindo mulheres e crianças em Homs, através de ataques a bomba e outras formas de violência indiscriminada, e as forças sírias continuam impedindo que milhares de civis feridos recebam assistência médica", disse Obama. "Condeno firmemente o indescritível ataque do governo sírio contra o povo de Homs e expresso minha profunda empatia com aqueles que perderam seus entes queridos", afirmou.

O presidente americano afirmou que o Conselho de Segurança da ONU "agora tem a oportunidade de enfrentar a brutalidade do regime de Assad e de demonstrar que é um defensor confiável dos direitos universais escritos na Carta das Nações Unidas".


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