segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

TERAPIA - Ralph J. Hofmann

Ante o fato de que finalmente, após mais de nove anos assinando em baixo, ou ao menos de recusa em criticar atos do PT claramente deletérios ao país, Luiz Fernando Veríssimo recentemente levantou seu olhar dos pratos de “escargots”, das “bouiallabaisses” bretãs e dos “patês de foie gras”de Strassburgo para manifestar-se em desacordo ao governo petista, acho agora possível pedir-lhe que empreste seu melhor personagem para ver se podemos fazer algo pelo país.

Me refiro ao Analista de Bagé e sua proverbial croqueterapia.

Como devem lembrar, o Analista de Bagé não tem sofá, tem pelego e não gosta muito de choradeira de “meu pai e minha mãe não me amavam”.

Começou com choradeira o analista da um croque na cabeça do vivente e manda-o crescer e virar gente.

Pois o Analista de Bagé devia ter estado com Dilma em Cuba nesta semana. Podia tratar Dilma e também Maria do Rosário.

Todos sabem que as ligações entre o cérebro de Dilma e sua boca e cordas vocais são muito tênues. Prova está nas muitas vezes que tropeça verbalmente. Maria do Rosário também não consegue raciocinar e só consegue falar conceitos que estavam com vida-útil vencida há trinta anos.Vai que o Analista de Bagé estivesse com Dilma. Dava um baita croque na cabeça dela e dizia:

“Anda mulher, fala pro Raul que ele tem de parar de massacrar essa gente, e que vais receber as mulheres de branco. Afinal és tu que estás pagando esta festa. Ou pensa que quem dá a estes bocós mais de 500 milhões de dólares que nunca vão ser pagos não tem direito de ir ao banheiro com porta aberta na casa deles! Nesta ilha quem manda somos nós! Já pagamos, agora vemos fazer o que quisermos com isto!”

Dá lhe mais um croque na cabeça e continua:

“Mulher! Para de falar que o embargo americano é culpado do atraso aqui. O culpado principal ‘ta jogando caxeta com Hitler no inferno e esperando o Fidel e Raul chegarem. Che Guevara(*) como Presidente do Banco Central e Ministro da Economia transformou a melhor economia da América Latina, um país que tinha o que exportar, um país que produzia seus alimentos, num pedinte internacional em que o número de calorias consumido per cápita diário está abaixo da metade do nível de 1960. E tudo isto em nome de teorias econômicas que não tinham nada a ver, nem sequer com comunismo e socialismo. Simplesmente da sua cabeça de médico incompetente, assassino contumaz e incapaz de ouvir os outros brotaram xurumelas que não funcionavam. Receberam de graça todos os bens de americanos e das mais ricas famílias cubanas, tudo funcionando e só souberam usar sem repor e manter. E isto que com a empatia que despertavam como mitos não precisavam dos Estado Unidos, senão para fornecer turistas. Quando viram que Che havia destruído tudo se tornaram colônia da União Soviética. Estão por acabar de exaurir a grana da Venezuela e estão fazendo o possível para que o Brasil desvie dinheiro absolutamente vital em casa, para manter as oligarquias cubanas.”

Dá-lhe mais um croque na cabeça:

“E tem mais, deve pros espanhóis, deve pros argentinos, deve pros japoneses e pros alemães. Ganha linha de crédito e nunca paga. Agora tu, mulher, devias entender isto. Tiveste uma lojinha de R$ 1,99 coisa que enriqueceu muita gente e tu só levaste prejuízo pra casa. Pois Cuba é pior que o teu pior devedor da lojinha.”

“Agora vai e medita sobre onde essa tua vontade de ser intelectual de esquerda, sem ser devidamente equipada para isto, te levou. Deixa de choramingar e botar teu mau humor aos gritos para cima dos que te cercam e manda aquela outra pseudo-intelectual maluquete da Maria do Rosário entrar para tomar uns croques.”

(*) Quando desceram da Sierra Maestra e entraram em Havana o Fidel perguntou aos comandantes reunidos: “Quem aqui é economista?” Che Guevara levantou a mão. Então Che, vais ser o Presidente do Banco Central. Um ano ou dois depois, com a economia ruindo ele perguntou: “Pô Che, não disseste que eras economista? Pero que mierda me hiciste? “ E o Chê: “Disculpa chefe, he entendido que preguntavas quien era Comunista”.

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