quarta-feira, 14 de março de 2012

Após denúncias, MEC prepara pacote de mudanças no Enade

Uma série de denúncias relatando que universidades estavam selecionando os melhores alunos para prestar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) fez o Ministério da Educação (MEC) mudar as regras da avaliação. Entre as medidas está torna o Enade obrigatório para todos os estudantes que concluirão o curso num determinado ano - antes quem termina o curso no primeiro semestre não presta o exame. O ministro da Educação, Aloizio Mercadanter anunciou nesta quarta-feira, em audiência na Câmara, que o exame será obrigatório para todos os estudantes que concluirão o curso num determinado ano - antes quem termina o curso no primeiro semestre não presta o exame.

- As mudanças são para garantir a eficácia da avaliação do Enade - disse Mercadante.

Mercadante também comentou o Enem, tentando consertar declaração dada por ele no fim do mês passado. Na ocasião ele disse que "o MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e diverso", para falar dos riscos logísticos ligados ao do exame. Nesta quarta, ele disse que são envolvidos na realização da prova 61 batalhões do Exército e 79 unidades dos Correios, além de serem percorridos no mesmo horário 305 mil km em mais de 10 mil rotas.

A meta da expansão da rede federal de ensino tecnológico é de 562 unidades novas em 512 municípios até 2014. Mercadante disse ainda que é preciso desconcentrar os campi das universidade federais e pediu ajuda dos parlamentares para identificar os melhores locais.

No atual ensino superior, 73,2% dos matriculados estão na rede privada, 15,3% nas federais e o restante nas instituições estaduais e municipais. A maior parte dos alunos está no curso de administração, mas há defasagem na engenharia em comparação a outros países. São seis engenheiros por mil habitantes no Brasil, contra 80 na Coreia do Sul e 40 nos Estados Unidos. Médicos são 1,8 por mil habitantes, abaixo dos 2,4 nos Estados Unidos, 2,7 no Reino Unido, 3,6 na Alemanha, 3,7 no Uruguai.

- Vamos expandir a rede federal existente de medicina. Estamos negociando para expandir a rede estadual. E vamos expandir a rede privada com qualidade - disse o ministro.

Ele defendeu um esforço de integração entre as universidades públicas e as escolas para a formação de professores da educação básica. Segundo o ministro, a maioria dos professores hoje saem do ensino superior privado. Ele informou ainda que 12 mil professores da educação básica (0,5% do total) têm apenas o ensino fundamental. Outros 350 mil (26,2%) fizeram o ensino médio, 1,3 milhão (73,3%) cursam o nível superior.

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