sexta-feira, 2 de março de 2012

Deputados estaduais reforçam apoio a Serra

A bancada do PSDB na Assembleia Legislativa de São Paulo anunciou nesta quinta-feira o apoio à candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura. É mais uma importante vitória do ex-governador dentro do ninho tucano para concorrer à sucessão de Gilberto Kassab (PSD). Dos 22 deputados, só o presidente estadual do partido, Pedro Tobias, não assinou a nota, mas ressaltou que só não o fez para se manter isento nas prévias, que tem ainda mais dois pré-candidatos, José Aníbal e Ricardo Tripoli.

“No nosso entendimento, o fato de José Serra colocar seu nome à Prefeitura de São Paulo engrandece, enaltece, ajuda, fortalece e cria uma sinergia que infelizmente não existia no partido. Ele traz um novo ânimo ao que estava estagnado”, afirmou o líder da bancada, Orlando Morando, lembrando que em fevereiro, antes do ex-governador decidir concorrer, os deputados já tinham declarado que Serra era o melhor candidato e pedido o fim das prévias. Perguntado nesta quinta se ainda é possível cancelar a eleição interna, já adiada, com articulação de Serra, do dia 4 para 25 de março, Orlando Morando respondeu: “Nós não queremos desqualificar os outros postulantes, mas tudo é possível”, afirmou. “Não tenho a menor dúvida de que se ele tivesse colocado seu nome antes, nós não estaríamos nem discutindo as prévias”, completou. Já falando como candidato, Serra sugeriu que vai aproveitar o próprio Orlando Morando, assim como os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura), que desistiram da eleição em seu favor, na sua equipe de campanha.
O tucano evitou polemizar sobre uma possível pressão do Palácio do Planalto nos partidos aliados para embarcar na candidatura de Fernando Haddad (PT) em São Paulo. A nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Ministério da Pesca e a possível volta do PDT e do PR aos ministérios do Trabalho e Transportes são indícios de que a presidente Dilma Rousseff vai agir para interferir na eleição paulistana.

“E óbvio que o governo vai se mexer. Agora, a maneira que vai fazer, o tempo vai mostrando”.

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