domingo, 25 de março de 2012

Pré-candidato com 52% dos votos, Serra prega unidade e ataca PT

Escolhido pelo PSDB para concorrer à prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra defendeu, no final da tarde deste domingo, a unidade na legenda, e negou a existência de um "racha", apesar da disputa interna com os adversários José Aníbal, secretário estadual de Energia, e Ricardo Tripoli, deputado federal. Serra recebeu 52,1% dos votos - índice bem abaixo do esperado pelos aliados do tucano, que apostavam em uma vitória de "lavada".

"A partir de hoje, uma só voz, um só trabalho e a vitória para o povo de São Paulo", discursou o tucano, que recebeu o apoio dos pré-candidatos derrotados, e do governador Geraldo Alckmin e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Serra minimizou o fato de estar à frente da disputa eleitoral - segundo a última pesquisa Datafolha, tem 30% das intenções de voto -, e preveu que terá uma "campanha difícil" pela frente. Em seu discurso, atacou o PT, sem citar o nome do adversário Fernando Haddad, a quem acusou de usar a máquina pública para "agradar seus aliados".
"A eleição aqui é uma eleição local, os temas debatidos serão temas locais. Muitos candidatos tentarão sair disso, por não conhecer ou por não ter propostas concretas", disse, em referência ao rival petista, ex-ministro da Educação. "Eles (os petistas) se especializam na gritaria, na conversa mole, no uso da máquina pública para servir a aliados e a um partido. Nós nos especializamos no interesse público", disse.
O tucano também tentou colar sua imagem à do governador Alckmin, defendendo uma "parceria" com o tucano, caso seja eleito - embora não seja segredo a rivalidade entre os dois nos bastidores da legenda. "O parceiro do José Serra será o Geraldo Alckmin, (...) uma parceria que já temos há muitos anos. Uma parceria crucial", declarou.
O ex-governador disse ainda ter aceito ser pré-candidato a pedido de Alckmin, por sentir "gosto" pela administração municipal. "Eu não era candidato. Quando decidi ser, fui candidato por dois motivos: a necessidade política e o gosto por São Paulo, o gosto antecipado pela administração de São Paulo", afirmou.

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