Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 06 de março de 2012.
O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de Forças Armadas equipadas e qualificadas para o cumprimento de suas atribuições. Um país que pretende ter dimensão internacional tem que ter nas Forças Armadas um exemplo da sua capacidade e da sua competência. (Dilma Rousseff)
Na madrugada do dia 22 de fevereiro, ocorreu um incêndio no porta-aviões São Paulo da Marinha do Brasil, que estava ancorado na Ilha das Cobras, Baía Guanabara, matando um militar e deixando outro gravemente ferido. Três dias depois, foi a vez da Estação Antártica Comandante Ferraz, onde outro incêndio vitimou dois militares e destruiu mais de 70% das instalações. Estes “acidentes” eram mais do que previstos em decorrência do sucateamento criminoso que as Forças Armadas (FFAA) vêm sofrendo nas últimas décadas.
Nossos Chefes militares tem alertado sistematicamente, sobre a necessidade de investimentos que nos permitam, definitivamente, assumir posição de destaque no cenário internacional e evitar tristes eventos como os que recentemente presenciamos.
O Almirante Antonio Sepúlveda, em fevereiro de 2006, já relatava a situação de penúria a que estava entregue o nosso Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), mas, como sempre, nada foi feito. Somente agora após as trágicas mortes de dois militares é que o governo acorda de sua letárgica posição e acena com investimentos.
- Tudo pela Pátria
Fonte: Antonio Sepulveda (*), site Alerta Total, 17.02.2006
Parcela consciente da opinião pública aguarda, apreensiva, o desenrolar da melancólica situação do nosso Programa Antártico. O PROANTAR começa a fazer água, por conta do descaso e da irresponsabilidade da cúpula federal que parece ignorar que o primeiro passo para o delineamento de uma grande estratégia está na aquisição de conhecimento sensível, única fonte verdadeira de poder em qualquer cenário geopolítico.
O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida, em 1975, assim firmando os propósitos de ocupar aquele território com fins pacíficos e de cooperar com a comunidade internacional para o desenvolvimento de pesquisas no extremo sul do planeta. Uma das exigências para a participação de qualquer país como parte consultiva do tratado é a realização de substanciais atividades científicas.
Para esse fim, o PROANTAR é elaborado e implementado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, em consonância com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. A sustentação logística dos projetos decorrentes é, com o apoio precioso da Força Aérea, provida pela Marinha que, com a costumeira abnegação do seu eterno lema, Tudo pela Pátria, vê-se obrigada a lançar mão das migalhas que recebe de um orçamento malversado pelos politiqueiros de Brasília.
Parcela consciente da opinião pública aguarda, apreensiva, o desenrolar da melancólica situação do nosso Programa Antártico. O PROANTAR começa a fazer água, por conta do descaso e da irresponsabilidade da cúpula federal que parece ignorar que o primeiro passo para o delineamento de uma grande estratégia está na aquisição de conhecimento sensível, única fonte verdadeira de poder em qualquer cenário geopolítico.
O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida, em 1975, assim firmando os propósitos de ocupar aquele território com fins pacíficos e de cooperar com a comunidade internacional para o desenvolvimento de pesquisas no extremo sul do planeta. Uma das exigências para a participação de qualquer país como parte consultiva do tratado é a realização de substanciais atividades científicas.
Para esse fim, o PROANTAR é elaborado e implementado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, em consonância com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. A sustentação logística dos projetos decorrentes é, com o apoio precioso da Força Aérea, provida pela Marinha que, com a costumeira abnegação do seu eterno lema, Tudo pela Pátria, vê-se obrigada a lançar mão das migalhas que recebe de um orçamento malversado pelos politiqueiros de Brasília.
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