terça-feira, 24 de abril de 2012

Obama lembra 97 anos de massacre de armênios na Turquia

O presidente americano Barack Obama recordou nesta terça-feira o massacre de armênios em 1915 pelos turcos otomanos, destacando a necessidade de "um total, franco e justo reconhecimento das circunstâncias" dos "brutais" assassinatos. Apesar de ter chamado o massacre de "uma das piores atrocidades do século XX", Obama não usou o termo "genocídio", mas implicitamente pediu à Turquia que reconheça seu papel.

"Tenho sido coerente em minha visão do que aconteceu em 1915. Minha opinião sobre estes fatos não mudou", afirma o presidente em um comunicado divulgado pela Casa Branca no dia da memória armênia. "Um total, franco e justo reconhecimento dos fatos é do interesse de todos. Não se pode avançar para o futuro sem avaliar os fatos do passado".

O comunicado da Casa Branca foi publicado enquanto milhares de armênios recordavam o aniversário com uma procissão rumo a um memorial erguido em uma colina próxima da capital Yerevan. Os armênios afirmam que 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas durante a desintegração do Império Otomano, número aceito por outros países.

A Turquia nega com veemência as acusações de genocídio e admite apenas que de 300 mil a 500 mil armênios e um número similar de turcos morreram nos confrontos registrados quando os armênios lutaram contra os otomanos e se aliaram às tropas russas. Obama disse que no aniversário deve ser honrada "a memória do 1,5 milhão de armênios que foram brutalmente massacrados ou marcharam para a morte nos últimos dias do Império Otomano".

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