quinta-feira, 31 de maio de 2012

Acordo entre PSDB e PMDB abala petistas ou PeTralhas como queiram

Foram necessárias três sessões para, enfim, a CPI do Cachoeira convocar para depor governadores de Estado que tiveram os nomes citados por integrantes do esquema de jogos ilegais. Marconi Perillo, de Goiás e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, vão ser ouvidos em data ainda a ser marcada.

A votação deveria ocorrer somente na terça-feira, mas foi antecipada graças ao protesto da chamada ala independente da comissão. “Não dá para escolher quem vai ser investigado”, reclamou a senadora Kátia Abreu (PSD/TO).

Um parecer da assessoria da CPI derrubou a questão de ordem, que questionava a convocação de governadores. “Convocar chefe do executivo estadual para depor sobre assuntos pertinentes à investigação não viola o princípio federativo", decretou o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB/PB).

O PT imaginava poder evitar a convocação de Agnelo porque confiava na maioria teórica conferida pelos integrantes da chamada base aliada. Na hora da apuração dos votos, porém, viu-se que essa união é muito pouco sólida. Para poupar o governador do Rio, Sérgio Cabral, um grupo de peemedebistas se aliou aos tucanos e entregou Agnelo.

Na sessão de ontem também foi aprovada a quebra dos sigilos fiscais, bancários, telefônicos e de e-mails de Demóstenes Torres. A defesa do senador tentou adiar o depoimento à CPI marcado para hoje, alegando que os argumentos foram apresentados na terça-feira no Conselho de Ética. “Ele sofreu um desgaste, falou tudo e agora vai ficar calado", disse o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro.

“É uma injustiça”

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, classificou como “uma injustiça” a convocação para prestar depoimento na CPI do Cachoeira. “Respeito a CPI, mas a convocação é injusta, porque o grupo criminoso não conseguiu fazer negócios, não indicou ninguém no Distrito Federal. As gravações da Polícia Federal comprovam que esse grupo tentou me derrubar porque eu era um empecilho", declarou.

O pedido de depoimento foi aprovado por 16 votos a favor e 12 contra. O PT pouco se esforçou para fazer qualquer tipo de defesa do governador. A avaliação é que, agora, diante da CPI, Agnelo ficará refém da própria sorte.

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