Schoklender, 53 anos, foi preso ao depor pela primeira vez diante do juiz Norberto Oyarbide, informou a agência Notícias Argentinas, citando fontes vinculadas ao caso.
O juiz investiga uma suposta fraude à entidade em um programa de construção de milhares de moradias populares com fundos aportados pelo Estado, que somam cerca de 700 milhões de pesos (US$ 165 milhões).
Oyarbide também ordenou a prisão de Pablo Schoklender, irmão de Sérgio, segundo a agência.
Schoklender, que foi preso com seu irmão nos anos 1980 pelo assassinato de seus pais, é acusado de desviar recursos públicos da fundação com os quais teria comprado 17 terrenos, uma Ferrari 430, dois aviões e uma embarcação.
A entidade humanitária, conhecida internacionalmente por exigir a busca pelos filhos de suas integrantes desaparecidos na ditadura (1976-83), foi envolvida no escândalo, mas nenhuma de suas integrantes foi acusada.Entre as 20 pessoas citadas a depor pelo juiz Oyarbide está a filha da líder, María Alejandra Bonafini, que dirigiu a Fundação Mães da Praça de Maio depois do escândalo e de Schoklender renunciar, apesar de em 28 de setembro passado ela também ter pedido demissão.
Bonafini, de 83 anos, tem uma estreita relação pessoal e política com a presidente Kirchner, cujo governo impulsionou dezenas de causas por crimes contra a humanidade cometidos durante o regime ditatorial.
A líder da entidade denunciou Schoklender no ano passado na Justiça por suposta fraude e lavagem de dinheiro, enquanto o ex-advogado contra-atacou acusando-a de desviar dinheiro da organização para o financiamento político do governismo e de ter contas bancárias no exterior.
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