terça-feira, 1 de maio de 2012

Não há operações para resgatar jornalista em andamento, diz Colômbia


O governo colombiano afirmou hoje que não está realizando operações de resgate do jornalista francês Romeo Langlois, desaparecido desde sábado (28), quando fazia uma reportagem sobre uma operação do Exército colombiano contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Claro que há operações, mas nenhuma de resgate porque não sabemos onde o jornalista está. Assim que nos inteirarmos será preciso algumas decisões sobre as quais falaríamos de todas as maneiras com o governo francês", disse o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.
Pinzón garantiu que não descarta nenhuma hipótese sobre o que pode ter ocorrido com Langlois, incluindo um sequestro pelas Farc, e reiterou que somente quando tiver informações precisas fará afirmações a respeito.
Por sua vez, o vice-presidente do país, Angelino Garzón, disse que "o governo não tem nenhum problema em buscar colaboração de um organismo tão profissional quanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para facilitar a libertação de pessoas sequestradas", caso isso realmente tenha acontecido com o jornalista.
O vice-presidente também chamou a atenção para o uso de roupas militares por parte dos jornalistas, pois Langlois utilizava o capacete e o colete à prova de balas emprestados pelo Exército.
FRANÇA
O Ministério das Relações Exteriores da França disse nesta segunda-feira que as Farc são responsáveis pelo sequestro de Langlois.
"Apesar de não existir reivindicação formal de seu sequestro, consideramos, de acordo com as autoridades colombianas, que nosso compatriota está muito provavelmente em mãos das Farc", disse um porta-voz do ministério.
O funcionário acrescentou que a França considera as Farc "responsáveis pela situação de Langlois" e lembrou que a guerrilha "se comprometeu publicamente a renunciar aos sequestros".
"Pedimos respeito a este compromisso e solicitamos a libertação imediata de Langlois", afirmou. O jornalista é correspondente na Colômbia da emissora "France 24" e do jornal "Le Figaro".
O repórter foi ferido e capturado junto com outros cinco soldados colombianos, que foram posteriormente libertados.
O porta-voz reiterou que as autoridades francesas trabalham em colaboração com as colombianas para conseguir a libertação do jornalista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário