quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Aumento dos Militares e o “Desembarque da Normandia”

Mesmo os mais leigos e desligados ouviram falar no Desembarque da Normandia, gigantesca operação montada pelos exércitos aliados para, atravessando o Canal da Mancha, atingir, a partir da França, o centro nervoso do império nazista, a capital alemã, Berlim.

A invasão ocorreu no dia 06 de junho de 1944.

Os efetivos envolvidos, as armas, os aviões, as embarcações, os suprimentos eram de tal monta que o planejamento e a sua execução perduraram por meses.

Estrategistas e planejadores queimaram os neurônios nos estudos, nas ordens, nos acertos e desacertos, até tudo ficar pronto, e olha que o dia “D”, ainda dependia das condições climáticas.

Foram debates sem fim, propostas, marchas e contra - marchas, até que a decisão foi tomada e o desembarque foi desencadeado.

Tudo com o máximo sigilo.

Certamente, o desembarque foi uma odisseia, antes, durante e depois.

O aumento dos militares segue a mesma longa perambulação.

Na recente falsa nota atribuída ao Ministro da Defesa, além da espinafração que sabemos inverídica nos indisciplinados e nos apegados às coisas materiais, fomos brindados com a sucinta explicação das démarches e trâmites por que passam a proposta de aumento dos militares. Esta parte, com eventuais reparos, podemos admitir como verdadeira (as informações, não a nota).

Saindo a proposta de sua origem, ela segue por vários meandros dos mais diferentes níveis, onde se defrontará com vários escalões de negação do tipo, “os homossexuais não concordam”, “os quilombolas não aceitam”, “os empresários são contra”, “a sociedade vai reclamar”, “os afro - descendentes serão prejudicados”, “a mídia não apóia”, e outras centenas de restrições.

Embora, sempre surjam os argumentos favoráveis como a “Presidenta vê com simpatia”, “o Ministro de há muito não dorme preocupado com o problema” e, assim por diante.

Parece que nos diversos níveis existe uma ordem do escalão de cima para que o debaixo não deixe passar incólume a pretensão desmedida dos militares, de modo a preservá – lo do mau – humor dos interessados.

E assim, nesta lenga – lenga, a coisa vai sendo cozinhada em banho – maria, até que os militares, de saco cheio, desistam.

Por derradeiro, chegamos à brilhante conclusão que o Desembarque saiu apesar dos contratempos, mas que o aumento, não sairá.

Não adianta alegar que para amealhar votos com aumentos anuais nas bolsas – votos basta uma simples canetada sem maiores delongas, para sacramentar o benefício.

Quanto aos militares, o caso é desenterrar o General norte-americano Dwight Eisenhower Comandante das tropas aliadas e pedir algumas “barbadas”.

Quem sabe dá certo?

Brasília, DF, 31 de maio de 2012

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira.

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