Quatro policiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul - equivalente a Polícia Militar - foram denunciados pelo Ministério Público gaúcho por envolvimento em dois incêndios criminosos ocorridos em Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, e por terem participado de um vídeo contendo ameaças ao governador do Estado, Tarso Genro.
Os fatos que causaram as denúncias remetem a ações realizadas por alguns policiais entre os meses de agosto e setembro do ano passado. Na época, protestos fortes, que incluíram queima de pneus em rodovias gaúchas e, até mesmo uma falsa bomba colocada no centro de Porto Alegre, pediam reajuste salarial à categoria.
Denunciados
As investigações sobre esses acontecimentos resultaram na denúncia dos policiais Marcelo Machado Maier, Fernando de Souza e Silva, Renata Molina Tavares e João Carlos de Souza, esse último já aposentado.
De acordo com a Promotoria, Maier e Silva fizeram um vídeo, em que aparecem fardados e encapuzados, assumindo a autoria do episódio envolvendo a falsa bomba. Eles foram identificados em razão da voz e do porte físico. Tavares, por sua vez teria divulgado o vídeo à imprensa.
Além disso, os três policiais envolvidos no vídeo, juntamente com Souza, foram identificados também em incêndios e bloqueios realizados à época das manifestações. Se forem condenados, a pena de prisão pode ir de cinco a nove anos e os policiais da ativa serão automaticamente demitidos. Maier e Silva já estão presos preventivamente por suposta participação em uma chacina em Alvorada,.
Brigada Militar
A Brigada Militar também abriu processo administrativo para investigar a participação dos policiais nos protestos, o que resultou no indiciamento de 13 policias sob suspeita de terem cometido crimes. Entretanto, o Ministério Público considerou que as manifestações foram legais e em outros casos não foi possível identificar a autoria dos crimes.
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