24 de maio de 2012
Acordo cedo, solto os cachorros mal educados, recolho o jornal que assino, faço o café. Estou pensando em cancelar o passo seguinte da minha rotina: ler as notícias tomando café. Quase invariavelmente, essas mostram um quadro tão desconcertante da política nacional, que aventei a possibilidade de fazer como alguns conhecidos, que ao lerem meus comentários, por vezes publicados na mídia, me dizem: “política é assim mesmo; todo mundo pretende levar alguma vantagem em tudo”.
Ao ler na coluna Entrelinhas, Correio de 24/05, sobre um dentista de Brasília, que pretende “pegar a mulher e os filhos, fazer as malas e abandonar o país”, pensei em fazer o mesmo. Mas, foi lendo suas razões que firmei opinião sobre esse estado de coisas: resulta do mau exemplo dado pelos governantes, pelas mordomias e vantagens indevidas recebidas, durante seus mandatos, e pela venda da influência conquistada ao término desses, sem nenhum pejo em exercer tarefas antiéticas.
Parece ser o caso de Márcio Thomaz Bastos, advogado e para-choque do governo Lula, enquanto ministro da justiça, cuidando dos “mal feitos” governamentais, com as mesmas “chicanas jurídicas” que agora utiliza como “advogado de porta de cadeia”, como sempre, auferindo lucros escandalosos. Contra isso, vale a pena insistir.
Marcelo Hecksher
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