A Venezuela deu o tiro de largada para as eleições do dia 7 de outubro com a abertura nesta sexta-feira do prazo formal para se apresentar candidaturas para o pleito, no qual será eleito o presidente que vai comandar o país durante o período 2013-2019.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) abriu o prazo que termina em 11 de junho para que os 55 partidos políticos inscritos e em dia com esse órgão possam apresentar candidatos, embora a disputa deva ficar entre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o candidato de unidade da oposição, Henrique Capriles.
A incerteza que envolve tudo o que diz respeito a Chávez desde que lhe foi diagnosticado um câncer há quase um ano também atinge o processo de candidatura.
Imerso em processo de recuperação que mantém sua atividade pública em um perfil baixo, o presidente venezuelano ainda não revelou o momento no qual vai se inscrever.
Nos últimos dias Chávez reiterou a falta de definição de um dia para cumprir com o trâmite no CNE e se limitou a assinalar que informará sobre a data.
O presidente venezuelano retornou no dia 11 de maio à Venezuela após concluir a última etapa da radioterapia, tratamento que lhe foi prescrito depois de ser submetido em fevereiro a uma cirurgia por causa de um novo tumor cancerígeno, recorrência do câncer que o levou a passar pela sala de cirurgia pela primeira vez no dia 20 de junho do ano passado.
Uma fonte do CNE explicou à Agência Efe que o processo de inscrição prevê que os postulantes informem todos os dados através de um módulo habilitado para este tipo de processo no site do órgão.
"Obrigatoriamente a pessoa que postula, cada organização, autoriza um representante dele para que seja o representante no CNE para postular", disse a fonte, ao confirmar que o candidato pode ser inscrito por seu partido através de um representante e não é necessário fazê-lo pessoalmente.
Quem já confirmou a postulação é o candidato da oposição, que também anunciou que no dia 6 de junho renunciará a seu cargo como governador do estado de Miranda (que abrange parte de Caracas).
"Assim anúncio para o país: no dia 10 de junho, com o favor de Deus, iremos todos juntos inscrever a candidatura do futuro, do progresso, da esperança, da vida, da Venezuela para todos por igual", disse Capriles em um ato público realizado em Caracas.
Apesar das pesquisas divulgadas nas últimas semanas darem Chávez como favorito com margens que oscilam entre 5 e 36 pontos, o candidato da oposição assegurou nesta sexta-feira que a disputa está acirrada e que não acredita nessas pesquisas.
"Estamos neste momento cabeça a cabeça, deixem que comece a campanha eleitoral para que Capriles comece a percorrer toda a Venezuela, como a estamos percorrendo agora, mas vai ser ainda mais intenso nosso percurso", anunciou o aspirante da oposição após um ato político.
"Eu não acredito nas pesquisas do Governo", disse Capriles, que apresentou esta semana a proposta em matéria de segurança de seu programa para as eleições, mantendo uma grande atividade de atos proselitistas e ações políticas, apesar da campanha começar oficialmente no dia 1º de julho.
O jornal "Últimas Noticias" assinala que pelo menos outros três candidatos manifestaram sua intenção de concorrer à Presidência: o ex-governista Eloy Tarazona; o representante da Organização Democrática Social Bernabé Castillo e o especialista em petróleo Juan Carlos Sosa.
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