sábado, 23 de junho de 2012

Destituição de Lugo foi 'processo normal', diz ministro alemão

O ex-presidente Fernando Lugo aceitou a decisão do Congresso de destituí-lo, em um procedimento constitucional normal de mudança de governo, disse neste sábado o ministro de Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha, Dirk Niebel, depois de encontrar o novo chefe de Estado, Federico Franco.

"O ex-presidente (Fernando Lugo) com seu discurso (final) levou em conta essa decisão e por isso nós pensamos que foi um processo normal de mudança de governo, não através de eleições, mas um processo normal", disse Niebel no Palácio do Governo.
O funcionário visitou Franco em companhia do embaixador alemão em Assunção, Claude Robert Ellner. Pouco antes, Franco havia se reunido com o núncio apostólico do Vaticano, monsenhor Eliseo Antonio Arietti.
Processo relâmpago destitui Lugo da presidência
No dia 15 de junho, um confronto entre policiais e sem-terra em uma área rural de Cuaraguaty, ligada a opositores, terminou com 17 mortes. O episódio desencadeou uma crise no Paraguai, na qual o presidente Fernando Lugo, acusado pelo ocorrido, foi sendo isolado no xadrez político. Seis dias depois, a Câmara dos Deputados aprovou de modo quase unânime (73 votos a 1) o pedido de impeachment do presidente. No dia 22, pouco mais de 24 horas depois, o Senado julgou o processo e, por 39 votos a 4, destituiu o presidente.
A rapidez do processo, a falta de concretude das acusações e a quase inexistente chance de defesa do acusado provocaram uma onda de críticas entre as lideranças latino-americanas. Lugo, por sua vez, não esboçou resistência e se despediu do poder com um discurso emotivo. Em poucos instantes, Federico Franco, seu vice, foi ovacionado e empossado. Ele discursou a um Congresso lotado, pedindo união ao povo paraguaio - enquanto nas ruas manifestantes entravam em confronto com a polícia -, e compreensão aos vizinhos latinos, que questionam a legitimidade do ocorrido em Assunção.

Um comentário:

  1. e compreensão aos vizinhos latinos, que questionam a legitimidade do ocorrido em Assunção. hehehe Tem gente que num pensou assim e se estrepou ja era

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