quarta-feira, 27 de junho de 2012

Leve vantagem de Chávez na Venezuela

O ditador venezuelano, Hugo Chávez, supera ligeiramente seu rival Henrique Capriles nas intenções de voto para a eleição presidencial de outubro, segundo uma nova pesquisa do respeitado instituto Consultores 21.
O resultado, de 47,9 por cento para o presidente socialista e 44,5 por cento para seu rival de centro-esquerda, contrasta com outros levantamentos que dão ampla vantagem a Chávez, que governa a Venezuela desde 1999 e atualmente se submete a um tratamento contra um câncer.
A diferença de 3,4 pontos percentuais em favor de Chávez é a menor já registrada entre os principais institutos. Nas outras pesquisas, o presidente costuma ter vantagens superiores a 15 pontos.
O Consultores 21 disse que a pesquisa foi feita entre 2 e 12 de junho, e tem margem de erro de 2,4 pontos. No levantamento anterior desse instituto, em março, a vantagem de Chávez era ainda menor: 46,3 x 44,8 por cento.
O ministro da Informação, Andrés Izarra, questionou os resultados apertados da Consultores 21.
"É particularmente significativo e eloquente que esse instituto em particular, tão vinculado ao Primeiro Justiça (partido de Capriles), se some à série de institutos que sustentadamente estão dando como favorito o candidato da pátria (Chávez)", afirmou ele à Reuters.
Já Capriles se mostra confiante e disse na terça-feira que vencerá Chávez por 10 pontos percentuais. "Nunca perdemos uma eleição", afirmou ele em uma longa entrevista coletiva.
Nas últimas semanas, Chávez e Capriles reuniram multidões para eventos nos quais formalizaram suas candidaturas. A campanha começa oficialmente no domingo.
A saúde de Chávez deve se tornar o principal tema da campanha. Alguns analistas dizem que a doença gerou solidariedade ao presidente, de 57 anos, mas outros consideram que Capriles, de 39 anos, pode se beneficiar transmitindo uma imagem de mais jovialidade e energia.
Nas últimas semanas, Chávez voltou a fazer longos discursos pela TV, enquanto Capriles percorre o país visitando moradias e fazendo comícios.
O presidente diz que deseja um novo mandato para poder continuar sua "revolução socialista", enquanto seu rival propõe adotar um modelo inspirado no Brasil, conciliando crescimento econômico com bem-estar social

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