Um dia antes da Assembleia Legislativa do Amapá colocar em pauta o projeto do Governo do Estado que altera a Lei nº 1.296 e institui o Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Grupo de Gestão Governamental, a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, chefe do Ministério Público do Amapá, foi até Brasília e se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao qual relatou ameaças que vem sofrendo desde que começou a denunciar os supersalários pagos a alguns servidores da Assembleia.
Oito inquéritos foram abertos pelo MP para que sejam apuradas denúncias de corrupção no Legislativo, como gastos milionários de deputados com diárias e superfaturamento em contratos, alguns até com empresas de fachada. Em maio, segundo o MP, pelo menos 25 pessoas receberam quase R$ 27 mil, valor acima do teto do funcionalismo público.
Um técnico em contabilidade teve vencimentos de mais de R$ 45 mil; já o procurador-geral da assembleia ganhou R$ 40 mil. "Desde que nós iniciamos a investigação na Assembleia Legislativa é que nós estamos sofrendo todo tipo de difamação, de ameaças. Já foi pedido a minha cassação sem eu ter sido notificada. É uma forma de coação para dizer para o Ministério Público parar, mas nós não vamos parar."
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