Ralph J. Hofmann
Tigre de Papel é a tradução do termo chinês zhǐlǎohǔ (纸老虎;) ou (紙老虎), que significa algo que parece tão ameaçador como um tigre, mas é totalmente sem perigo. “O latido é pior do que a mordida”.
O Mercosul tem provado essa máxima. Acordos são assinados. São programadas ações e subitamente conveniências da Argentina ou da Bolívia fazem com que sejam protelados ou esquecidos.
Na realidade o Brasil ate tem respeitado seus compromissos, mas em nome da unidade do Mercosul tem aceitado as maiores imposturas por parte dos comparsas. Tudo em nome das ambições de ser o líder de um bloco confrontando outros blocos.
Este bloco na realidade não existe. Se o Brasil estivesse agindo com acordos bilaterais e não negociando com um bloco teria tido vantagens nos últimos dez anos.
Compare-se a situação do Chile com a dos membros do Mercosul. Negociou independente com quem quer que fosse e conseguiu uma situação sólida.
Agora aderimos a uma imposição argentina e boliviana no caso do Paraguay quando os interesses de centenas de milhares de brasiguayos são feridos por esta hostilidade. Lugo perseguiu os colonos brasileiros que estão entre os que mais contribuem para a economia paraguaya. O Brasil não tem assistido estas pessoas e agora que Lugo, seu algoz foi removido nosso governo não tem sequer a hombridade de ficar calado.
Há dois aspectos. Se foi de afogadilho ou não a remoção de Lugo não interessa. Foi feita na legalidade abertamente e talvez evitando uma sangria de recursos maior do que a que Lugo vinha fazendo. Quando você acha que tem um assaltante na sua casa não deve dar tempo para que ele antes de fugir roube as jóias e a prataria da casa.
E se suspenderam o Paraguay do Mercosul por um lado, para negociar, não era neste momento que se poderia aprovar a entrada da Venezuela.
O que ocorreu é uma receita para o fim do Mercosul.
Acho que já vai tarde. Do ponto de vista brasileiro ele é um “hobby” caro.
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