quarta-feira, 18 de julho de 2012

Obama condena ataque contra israelenses na Bulgária

O presidente americano, Barack Obama, condenou com veemência o atentado contra um ônibus de turistas israelenses que matou ao menos seis pessoas perto do aeroporto de Burgas, na Bulgária.

"Os Estados Unidos apoiarão seus aliados e oferecerão a assistência necessária para identificar e levar à Justiça os responsáveis por esse ataque", disse Obama em um comunicado, no qual chamou atentado de "ultrajante".

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, também rejeitou a ação, dizendo se tratar de um "ataque terrorista contra civis inocentes".

"Oferecemos nossas condolências às vítimas e seus parentes. Os EUA estão prontos a oferecer a ajuda necessária, e trabalharemos com nossos parceiros na Bulgária, Israel e em outras partes do mundo para que os perpetradores sejam levados à Justiça por este crime", escreveu em nota oficial.

Outras 32 pessoas ficaram feridas na ação, que o premiê Binyamin Netanyahu acusa de ter sido orquestrada pelo governo iraniano.

Segundo o ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, a explosão foi causada por uma bomba colocada no veículo. O chanceler afirma que as informações foram reveladas por seu par búlgaro. Ele também disse que foram registrados sete óbitos, apesar de o país europeu ter confirmado apenas seis.

O ônibus levava 47 turistas que vieram em um voo procedente de Israel e explodiu às 17h30 locais (11h30 em Brasília) pouco depois de sair do estacionamento do aeroporto de Burgas, localidade no mar Negro popular entre israelenses. A detonação da bomba incendiou o veículo e dois carros estacionados no local.

Os turistas se dirigiam ao resort Costa del Oro, a 40 km de Burgas. Pouco depois da explosão, o ministro do Interior confirmou a ação terrorista e as autoridades ordenaram o fechamento do aeroporto. A mídia local afirma que a bomba foi jogada dentro do ônibus por um homem não identificado.

Os dois países mantêm excelentes relações. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Bulgária foi o único país aliado da Alemanha a ter salvado judeus dos campos de concentração nazistas, o que é lembrado regularmente durante contatos bilaterais com Israel.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que Israel continuará a combater o terrorismo global e prometeu trabalhar para capturar os culpados dos atentados no aeroporto de Burgas.

"Foi um ataque muito grave. Há tempos monitoramos a intenção de organizações terroristas, como o Hizbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica, de praticar atentados pelo mundo", disse o ministro em comunicado.

"Travamos uma grande batalha contra eles, que teve muitos êxitos, mas também tem seus dias ruins. Hoje é um desses dias", disse Barak antes de expressar sua solidariedade às famílias dos mortos e feridos.

O ministro também pediu aos israelenses que sigam em frente e não deixem de viajar ao redor do mundo."Continuaremos viajando e seguiremos levando uma vida normal apesar da dor".

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