Ralph J. Hofmann
A ovelha projeta a imagem de ser um animal dócil, fácil de tanger para um lado ou o outro, é o animal que doou seu sangue para que o anjo da morte ao passar sobre as casas do Egito soubesse em quais casas não deveria levar o primogênito.
A princípio são os pastores que tangem as ovelhas. Levam para os campos mais verdes protegem dos animais predadores em roca de leite lã e carne.
Por isto mesmo nas comunidades religiosas os fiéis são conhecidos por ovelhas e os sacerdotes são conhecidos como pastores.
Naturalmente imaginamos que os pastores, para poderem escolher o melhor caminho para suas ovelhas, tenham uma integridade muito grande e um senso de destino. Não supomos que sejam despojados apenas que dentro de uma comunidade tenham um comportamento exemplar.
Lamentavelmente, sem que sejam maioria uma parcela significativa dos pastores, de todas as religiões não são mais exemplos. Proliferam seitas que ordenam pastores mais pela capacidade de tosar as ovelhas do que pela capacidade de escolher os melhores caminhos para as mesmas.
Mesmo entre as comunidades de religiões mais tradicionais há lobos em pele de pastor. Haja visto o ocultamento de escândalos, bispos como Lugo, pessoas que levam seus fiéis a invadir e espoliar quem trabalha pedófilos e toda iniqüidade que se possa imaginar.
Nas novas religiões, a tendência vulpina é mais acentuada ainda. Basicamente há religiões que não são caça-níqueis. São caça-ouro. Com o tempo seus líderes passam por um processo de mimetismo em que são indistinguíveis de corvos e urubus.
E junto a estas aves de rapina os chacais e hienas da classe política nos passam uma mensagem de desânimo para com a humanidade.
O acima foi o lado negativo. O positivo é que de vez em quando surge uma brilhante luz de bondade, de correção de princípios férreos de moral e ética negando uma das mais conhecidas máximas do Aporelli ( Aparício Torelli o Barão de Itararé que disse que “Donde nada se espera é que não vem nada mesmo”).
A notícia a que me refiro é tão comovente e impressionante que correu mundo. Encontrei-a em jornais desde a Cidade do Cabo ao Japão, do Japão aos Estados Unidos e em todos os países onde a Reuter’s veicula notícias.
Pobres sem teto de São Paulo encontram US 10.000 em reais em sacos de lixo e procuram a polícia para localizar seu legítimo proprietário.
O sem teto Jesus Silva Santos que encontrou o dinheiro papeleiro, não conseguiria juntar o valor recuperado em 4 anos trabalhando todos os dias sem descanso. Explicou com simplicidade: “Minha mãe me ensinou a nunca a roubar”.
Pena que a mãe de outros tantos não conseguiu ensinar aos filhos essa lição. Não é seu Lula?
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