O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), rebateu nesta segunda-feira o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Ferreira, que disse ir às ruas para defender os réus do mensalão.
Freire afirmou que o presidente da CUT precisa ter cuidado. "A CUT não é dele(Freitas), nem deste grupo dominante. A entidade é dos trabalhadores. E não me parece que o trabalhador vá concordar com este envolvimento da sua central com julgamento de denunciados com corrupção".
O deputado do PPS disse que é "grave" um dirigente sindical envolver uma entidade que deveria estar a serviço dos trabalhadores para defender os acusados de participar de um dos maiores casos de corrupção da história do país. "Eles (dirigentes sindicais) estão pensando o quê? Vão para as ruas e, se os réus forem condenados, vão invadir o Supremo?"
Freire disse ainda que o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pode significar um novo capítulo na história do Brasil. "Apesar de um pouco demorado pode significar um novo tempo na República, com o fim da impunidade porque está sendo julgado quem exerceu o poder e o desvirtuou".
Vagner Ferreira disse que pode levar às ruas a força da maior central sindical do País para defender os réus do mensalão, que começarão a ser julgados pelo STF em agosto. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Freitas disse que o julgamento não pode ser político. "Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas", disse. Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT fará nesta semana em São Paulo.
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