Ralph J. Hofmann
Assisti esta manhã o vídeo do sobrevôo dos dois Mirages que resultou na quebra dos vidros do STJ em Brasília.
Apesar de mal filmado foi possível constatar que as aeronaves estavam a mais de mil pés (300 m) de altura, o que está dentro da legalidade, ao menos para aviões militares. Creio que deve haver uma zona de exclusão para aeronaves civis dentro da qual estas não podem voar a menos de 2 mil pés, mas não tenho informações específicas.
Quanto à barreira do som claramente os aviões estavam abaixo da velocidade sônica. O estampido de um avião atravessando a barreira é muito forte. Tudo que se ouve no vídeo é o som de vidro quebrando.
É claro que quando há qualquer incidente, seja qual seja, o piloto é colocado em espera até o resultado de um inquérito.
Porém creio que a sociedade civil não engajada em qualquer dos poderes devia criar uma comenda para o piloto.
Poder-se ia dizer que pela primeira vez em muito tempo se permitiu que entrasse uma lufada de ar fresco naqueles recintos. Imagino as pastas de processos arquivados e colocados para embolorar sentindo aquele frescor e esforçando-se para saltar das prateleiras e receber atenção. As gavetas se desengavetando.
Por outro lado acho que a FAB não devia ter corrido tanto para se responsabilizar. Imagino que haja muitas outras causas para os vidros caírem. Será que a massa que segura os vidros não ressecou nestes 50 anos? Será que os parafusos que seguram as baguetes por cima da massa não ficaram corroídos com o tempo. Quando, se alguma vez, foi feita uma manutenção.
Sugiro que os estragos sejam descontados do salários dos Ministros. Afinal a contar pela última década usam o prédio muito mas não sai quase nada de lá. Cesare Battisti que o diga.
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