segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma placa, ou melhor, “A PLACA”.

Breve, não sabemos quando, na ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS, no seu Portão Monumental, talvez, ou em qualquer de suas imponentes pérgulas de mármore será encravada uma placa, ou melhor, “A PLACA”.

Não interessam os dizeres nela inscritos, importa sim é o seu significado, o símbolo de um achincalhe e o apogeu de uma pusilanimidade.

Para os canalhas, para os incautos e para os inocentes úteis uma lembrança, o resgate das muitas injustiças que foram perpetradas naquela outrora e imaculada Academia.

Aquela onde aprendemos, “Cadetes! ides comandar, aprendei a obedecer”, e que “Não cora o livro de ombrear co’ o a sabre e nem cora o sabre de chamá – lo irmão”?

Não foi de lá que um tal de Médici, no dia 31 de março de 1964, deslocou seus Cadetes para barrar na Rio –São Paulo o avanço das tropas que vinham do Rio, e que eram favoráveis ao descalabro liderado pelo desgoverno da época?

Justo reparo regozijam - se marxistas, leninistas, lulistas, petistas e demais sociopatas, para os quais “A PLACA” representa uma esperada revanche, uma merecida a vendeta.

No seu frontispício, palavras de perdão aos Cadetes que lá morreram vitimados pelos seus algozes instrutores; no seu verso, por certo algo do tipo “nós falamos que um dia vocês iam pagar com juros seus milicos fdp”.

Alguns podem julgar que, assim a dívida está paga; ledo engano, nem quando a Comissão da Verdade sacramentar seu veredicto final, pois quando isto ocorrer, será a debandada geral, e muitos lá estarão como na derrubada do Muro de Berlim, com foices e martelos para derrubar aquele monumento, outrora de honra e orgulho, mas agora, promovido a um ignóbil antro de formação de celerados.

Sim, afirmamos que não será uma placa, mas “A PLACA”. Ela representará o fim dos sonhos, a morte dos anseios, a descrença na caserna, o desrespeito pelos superiores, o funeral da disciplina e do caráter.

Haverá o Toque de Silencio, e os velhos defensores da Pátria verterão pungentes lagrimas, porém a fanfarra contratada pelo desgoverno desandará uma furiosa marcha, e um tresloucado oba - oba assinalará mais uma retumbante vitoria da canalha.

Dizem que se morre de vergonha. É o que dizem, mas na verdade, não se morre, prossegue – se vegetando, lamuriando, praguejando, sem moral nem para levantar os olhos.

Nós, mais antigos, mais experientes, que respeitamos ou respeitávamos as tradições militares, que nos orgulhávamos de nossos próceres, só nos resta esperar que a morte venha, e nos poupe de mais um golpe em nosso velho e combalido orgulho de Soldado.

Brasília, DF, 23 de julho de 2012



Gen. Bda Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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COMENTARIO POR E-MAIL

Pedro
Quero lembrar o primeiro desafio ao Allende. Tive a honra de ouvir a respeito do ex-comadante da Escola Militar do Chile Coronel Alberto L'Abbé Troncoso, posteriormente Senador e Prefeito de Las Condes.

Quando Allende recebeu Fidel Castro deram ordem para que os cadetes participassem do desfile. O Coronel L'Abbé colocou a ra;paziada de uniforme de gala mas não saiu para o desfile.

Foi preso e exonerado mas tinha uma folha de serviço tão excepcional que ficaram com medo de aprontar contra ele.

Ou seja, Allende tinha futricado demais. Dali foi morro abaixo.

Ralph

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