As calamidades naturais e seus nativos afins
Diariamente, saltam aos nossos olhos que pelo mundo a fora, a natureza, ou a própria mão do homem, desencadeia calamidades monumentais.
Tsunamis, terremotos, grandes incêndios, vazamentos nucleares, vulcões, chuvas torrenciais, furacões, tornados e maremotos infligem em determinadas regiões, mortes, miséria, prejuízos incalculáveis, que atingem às suas populações de diversas maneiras.
É lamentável que tais hecatombes atinjam áreas habitadas por gente abonada, e por gente de parcos recursos, em geral. Em todas ocorrem a perda de entes queridos, ou proliferam doenças e danos materiais de difícil recuperação.
Felizmente, na medida em que a devastadora ação termina, lá está a população com suas reservas morais, pronta para soerguer seus lares, sua vila, sua cidade.
No Brasil não temos tais hecatombes, exceto as causadas pelas chuvas mais intensas, e pelas secas, que provocam deslizamentos, em geral pelo mau uso, incorreta ocupação do solo e falta de água para a população, lavoura e animais.
Mas para alguns, temos males de maiores proporções.
Se compararmos os custos, dos desastres naturais que assolam qualquer região do planeta com os gastos que envolvem algumas falcatruas e corrupções no abençoado solo pátrio, concluiremos que foram desviados recursos equivalentes a diversas catástrofes naturais que ocorrem pelo mundo.
Os céticos poderão alegar que as regiões atingidas, de alguma forma foram castigadas pelo SUPREMO. Mas quanto ao Brasil, como pode poupar - nos das calamidades e, no entanto, selecionar para nascer, crescer e roubarem nesta terra, um bando de pilantras da pior qualidade?
Ao que parece, temos as nossas calamidades ambulantes, ou melhor, perambulantes, pois qualquer cargo que determinados cidadãos fora –de - serie ocupam, e lá, por artifícios e malandragens desviam recursos equivalentes aos grandes desastres naturais que assolam o planeta.
Os prejuízos que tais indivíduos causam não têm reparo, pois para saná – los será necessário aumentar os impostos e retirar do bolso de cada prejudicado, o equivalente ao desviado para cobrir o monumental rombo.
Dizem que vivenciamos uma perversa tradição, e que o atual desgoverno apenas institucionalizou “o jeitinho de ser do povinho brasileiro”. Seria no bom jargão petista o “cerrar com o povo”.
A malversação dos bens e dos recursos públicos é um ato comum e não causa indignação, porém pode causar algum espanto, pois os canalhas extraem vantagens de fontes inimagináveis.
Eventualmente, quando é descoberto algum indecoroso complot de altíssimo escalão, digno de um impeachment, como é o caso do “MENSALÃO”, é de impressionar a teia de envolvidos, e como se efetivaram as suas tétricas ligações. Os interesses em geral lideram as bandalhas pecuniárias, políticas, ou ambas.
Muitos bradam, “a impunidade é a lenha que alimenta este fogaréu de roubalheiras, maracutaias e abusos do poder”.
Concordamos, contudo, não é o suficiente para justificar tanta ganância e tamanha desfaçatez.
Provavelmente, se a impunidade beneficia os velhacos e os ladravazes, com certeza, incentiva aos fracos de princípios, baseados na máxima de que “a falta de exemplo em não trancafiar culpados é um poderoso incentivo para seguir o mesmo caminho”.
Ao que tudo indica, estamos certíssimos em nosso simplório devaneio, e basta olharmos os altos índices favoráveis aos últimos desgovernos, que nada construíram de fato, para o Brasil do presente ou do futuro, para, desolados, admitirmos, “É VERDADE”.
Brasília, DF, 01 de agosto de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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