quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A decisão do gorila ditador da Venezuela, Hugo Chávez, receber a terceira etapa da quimioterapia na Venezuela, e não em Cuba como fez nas duas fases anteriores, estaria ligada à suposta piora do estado de saúde do cubano Fidel Castro.

A informação, divulgada pelo colunista do jornal venezuelano El Universal Nelson Bocaranda, não foi confirmado oficialmente por Havana.

"A saúde de Fidel Castro se complica, mais uma vez, e essa teria sido a razão pela qual o presidente Hugo Chávez decidiu não ir para Cuba continuar o seu tratamento de quimioterapia, mas sim se internar no Hospital Militar Carlos Arvelo [em Caracas]", escreveu Bocaranda, em sua coluna intitulada "Runrunes".

Segundo o jornalista, o líder cubano vem sofrendo pioras na saúde desde o dia 21 de agosto quando teve "alguns momentos de inconsciência". "Esta semana, Fidel teve uma recaída e vem sendo tratado de uma infecção dentro do muito moderno complexo habitacional onde vive e onde foi instalada uma sala de emergência hospitalar, assim como uma unidade de cuidados intensivos (UCI)", destacou.

O colunista acrescentou que Fidel "estaria na UCI de sua casa sob rigoroso tratamento e com a permanente vigília dos familiares mais próximos".

Em 2006, uma grave crise de saúde o obrigou a se afastar da Presidência do país e entregá-la a seu irmão Raúl Castro, depois de 49 anos no poder.

Chávez, por sua vez, depois de submeter ao último dia da terceira etapa da quimioterapia, garantiu que já se sente curado. "[Estou] são como a pátria e com muito otimismo para seguir com vocês vivendo, lutando, fazendo justiça e abrindo os caminhos da pátria nova", declarou, durante um contato telefônico, à emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV).

O mandatário também afirmou que está descansando "porque é um tratamento duro, que o corpo vai assimilando". "Vocês sabem que eu tenho a responsabilidade de me curar com este tratamento e impedir que essa doença maligna volte", completou.

O governante ainda disse que de sua cama apreciou as demonstrações de solidariedade e de apoio dos venezuelanos que se concentraram em frente ao centro médico. "Com o favor de Deus, já me sinto são, com o favor de Deus. São e com muito entusiasmo", reiterou.

Chávez foi diagnosticado com câncer em junho, durante uma viagem oficial a Cuba, onde, no mesmo mês, se submeteu a uma cirurgia para a retirada do tumor maligno.

Ontem, o Congresso venezuelano aprovou em sessão extraordinária a nomeação do deputado governista Carlos Escarrá como Procurador Geral da República, depois de questionamentos dos parlamentares da oposição, para quem a designação do novo Procurador, solicitada por Chávez, é uma "fraude".

No discurso proferido após a votação, Escarrá afirmou que "se requer lealdade ao presidente para ser Procurador e eu a tenho". "O poder do presidente nomear o Procurador está na Constituição", acrescentou. (ANSA)

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