Alguns destes bonecos seriam um enorme Collor, vestido de roupa de Safári com uma arma de caçar elefante, atirando em Marajás para depois roubar-lhes as vestes e ser cassado e comido por um Tigre portando uma bengala.
Ralph J. Hofmann
Nosso alerta e esperto comentarista Marc Aubert, uma contribuição ao Brasil dos helvéticos, com participação do Império dos Romanov, cronista de queijos, vinhos e cervejas fez um par de comentários muito interessantes sobre o artigo “A Revogação” em que o Marechal Deodoro aparece e revoga a República e recomenda voltarmos à condição de Reino Unido com Portugal:
“In illo tempore do reino unido de Portugal, Algarves e Brazil, tinhamos assento nas Cortes. Pergunto: quantos deputados brasileiros iam a Lisboa para participar dos debates? Eu hein! De veleiro fedorento, com água podre depois de uma semana, carne estragada, escorbuto, e ainda dependendo de ventos, vou nada! Melhor aqui com minha mucama a me passar um café e fazer cafuné, semi-nus numa rede a apreciar a baia. O salário demorava, más chegava. E aí começou tudo.
15 de novembro: o dia em que a res publica mudou de dono. E o verdadeiro dono ficou a ver naus de velas desfraldadas, até hoje.”
Realmente bem pensado Marc. Melhor que o Congresso da União com Portugal seja em Portugal. Os navios escola (grandes veleiros) da Armada Conjunta do Brasil com Portugal transportariam o congresso brasileiro ao Porto. Na viagem os membros do legislativo atingiriam um “nirvana” contemplativo por entre golfadas de água salgada entrando pelas escotilhas mal fechadas, e a necessária faina de enfunar e recolher velas nas altas retrancas suspensas mais de trinta metros acima do convés. Estariam assim recuperando as tradições navais de um povo que sempre fez questão de acentuar sua herança cultural vinda dos navegadores lusos. Aos deputados e senadores mais idosos ficaria reservada a atividade de auxiliar na cozinha e da limpeza do convés. Possivelmente assim chegariam ao Antigo Continente cônscios de que há coisas piores do que ser honesto e viver dentro do possibilitado pelo salário de legislador.
O interessante é que essa união poderia ter outras vantagens. O azeite de oliva virgem, se português baixaria de preço. Os chouriços portugueses e as trouxinhas de ovos apareceriam em nossas mesas. O queijo Reino passaria a ser o queijo patriótico, pois foi introduzido no tempo do Brasil colônia.
Por outro lado a vasta cidade administrativa chamada Brasília, no Brasil Central poderia ser transformada em parque temático. Uma espécie de Disney World. Seria a Corruptolândia – O País das Marmeladas.
As árvores em Corruptolândia estariam cheias de corrupiões chilreando, no gramado haveria pássaros Dodô (*) pastando. Os palácios seriam transformados em labirintos onde seria necessário contribuir dinheiro para passar de uma sala para a outra. Haveria espetáculos de dança com enormes bonecos representando toda a fauna política nacional.
Haveria uma barbearia com um imenso Sarney tingindo o bigode enquanto escreve livros, para depois subir num helicóptero que cai no Lago Paranoá.
Teria uma Dilma vestida de eletricista que, com a assistência do Edson Lobão tenta consertar uma tomada mas ambos acabam levando um choque e ficando torrados.
O Presidente Lula estaria também presente. Correria de um lado para outro construindo hospitais que desabam assim que ele põe o último tijolo no lugar, transpondo rios que se voltam conta ele e o afogam, e fumando charutos cubanos que explodem.
Aceitamos sugestões para o projeto. Cremos que será vital para a diversificação do Centro do país.
(*) O Dodô era um pássaro sem asas existente em algumas ilhas do Pacífico. Por não poder voar ficou extinto, pois os marinheiros os caçavam com porretes. Os marinheiros portugueses os chamavam de “doudos” ou seja doidos por não fugirem de seus caçadores, donde veio o nome Dodô.
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