segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nova primavera arabe? Egito tem novos confrontos

Novos episódios de violência entre a polícia egípcia e manifestantes foram registrados nesta segunda-feira nos arredores na praça Tahrir, no Cairo.
Manifestantes contra a junta militar que governa o país continuam acampados na praça que se tornou o símbolo dos protestos que derrubaram o regime de Hosni Mubarak, após 30 anos no poder, em fevereiro.
No fim de semana, 13 pessoas foram mortas nos confrontos, e ao menos 900 ficaram feridas, incluindo 40 integrantes das forças de segurança, depois que policiais e soldados usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra a multidão que lançava pedras e bombas caseiras.
A uma semana das eleições parlamentares, os manifestantes acusam a junta militar responsável pela transição para a democracia de tentar manter seu poder no país após a eleição de um governo civil.
Eles pedem a renúncia do marechal Hussein Tantawi, que lidera o governo militar, e a instituição de um conselho civil.
Repressão
Na noite de domingo, a polícia fez uma tentativa violenta de retirar os milhares de manifestantes que ocupavam a praça Tahrir, mas eles retornaram à praça, gritando palavras de ordem, apenas uma hora após a ação da tropa de choque.
Testemunhas descreveram cenas de pânico quando centenas de soldados e policiais batiam na cabeça dos manifestantes tentando expulsá-los da praça.
Alguns acusam as forças de segurança de atirar usando balas de verdade, alegação que é negada pela polícia.
Os confrontos começaram no sábado, depois da realização de manifestações contra a junta militar no Cairo e outras cidades, como Alexandria, Suez e Aswan, na sexta-feira.
A violência continuou no domingo e na manhã desta segunda-feira.
Alguns jornais egípcios chamam os eventos de "a segunda revolução".

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