Ralph J. Hofmann
O assunto população suscita muita polêmica e até informações contraditórias. Ontem vi na TV uma autoridade sobre o assunto fazer o que me pareceu a mais razoável das ponderações. Alega que é inútil dizer que foi ontem que nasceu a Hepto-bilionesima pessoa do planeta. Isto pode ter ocorrido há seis meses atrás ou poderá ocorrer dentro de seis meses. A quantidade de países com registros de mortes e nascimentos falhos é tão grande que necessariamente as estatísticas apenas podem cobrir lacunas de tempo maiores.
Por exemplo, a notícia garimpada na imprensa:
“Danica May Camacho nasceu em Manilla, capital das Filipinas (30/10), e a ONU estabeleceu que ela é o habitante 7 bilhões do planeta, em dois anos a população passou de 6 para 7 bilhões”; desde já contém um erro crasso.
Sabe-se que em 1999 a Terra tinha 6 bilhões de habitantes. Sabe-se que em 2011 a Terra atinge 7 bilhões de habitantes. São doze anos. E a taxa de crescimento da população está baixando. A diferença é que se a notícia estivesse correta haveria 500 milhões de novos habitantes na terra a cada ano, em lugar de 83 milhões de novos habitantes. Significa que os países produtores de alimentos precisariam armar-se imediatamente, pois iria faltar comida no mundo dentro de seis meses.
Outra constatação é que o crescimento mundial na produção de alimentos é suficiente. O custo de produzir estes alimentos também tem decrescido. O que ocorrem são dificuldades na distribuição. Nas áreas onde a fome e mais abjeta no mundo há oposição à distribuição, controle por parte de caudilhos e chefetes paramilitares, restrições ou prevenções contra certos alimentos.
A filantropia também é mal dirigida. Se o ex-presidente Lula tivesse comprado grandes estoques de soja ou macaxeira e distribuindo pelo mundo teria feito um belo trabalho. Mas perdoar dívidas em dinheiro para certos países simplesmente facilitou a compra de novos brinquedos presidenciais como aviões canadenses. (não da Embraer). Não fez nada pelo Brasil e muito menos contra a fome no mundo.
Por outro lado se um avião C-130 da FAB, carregado de macaxeira desidratada, pousasse no Sudão hoje algum caudilho não permitiria que o suprimento chegasse aos mais necessitados.
Mas podemos argumentar que se não fosse isto o ritmo de crescimento populacional não decresceria.
Em contraponto, sabemos que quanto mais próspera a população, quanto mais fácil a vida tanto menor é a taxa de crescimento populacional na região. É o acesso à informação sobre contraceptivos e a consciência de que é possível aproveitar melhor a vida com menos filhos mais bem preparados. Talvez o “efeito televisão” que dá uma alternativa aos casais além do sexo todas as noites do mês.
Foto: Suining,(na China), como pode-se ver na piscina pública, num dia de calor.
Segundo o editor-chefe de GS&RJH poderá ser uma pena que ninguém tenha se dado ao trabalho de saber quantos banhistas na hora da foto estavam fazendo seu tranqüilo xixi.
Olá, admiro demais os seus textos...
ResponderExcluirSensacional* ) aprendo muito; é um sábio, com certeza!
Obrigada por essas aulas, eu me complico com tanta informação...rsrs
Penso que os mais necessitados, não estão no lugar certo*, e em alguns lugares deveria haver maior controle da natalidade... Falei m.,, não é? Não importa, acho que ñ soube me expressar.
Abraços da Mery*