Ralph J. Hofmann
Nada mau, o Brasil está em 14º lugar no ranking de pagadores de suborno. Isto numa lista contendo 28 posições.
No caso a pontuação é de 0 a 10. Dez corresponde a nenhum suborno. O Brasil conseguiu 7.7 de pontuação A Holanda é campeã com 8.8 pontos seguida de Bélgica (8.7), Alemanha( e Japão (8.6). México (7), China (6,5) e Rússia, (6,1) são os lanterninhas.
Para nós isto evidentemente é ridículo. Basta passar uma manhã na frente de uma repartição pública para pegar um resfriado com o ar deslocado pelo farfalhar dos pacotes de notas de dinheiro sendo contadas por corruptores e corrompidos. Suborno é o que asfalta o país, é o calafeto que evita que a nau do governo vá ao fundo.
Ah! Mas há uma explicação. Este estudo se refere tão somente ao suborno em transações internacionais. Criou-se a partir de entrevistas com 3.000 executivos de empresas em todo o mundo. Não se refere aos praticantes do esporte da cueca recheada.
Bem, aí tem algumas coisas a pensar. Realmente em muitos anos de comércio exterior quase não vi firmas brasileiras subornar quem quer que fosse. Por outro lado soube de empresas que tiveram de fazer isto, mas, ao menos no passado, em muitas ocasiões procuravam as autoridades e explicavam o que teriam de fazer para fechar o negócio. Tudo oficioso, mas de certa forma feito pelo bem do país, ávido de divisas para equilibrar as contas.
Por outro lado, acreditam mesmo que executivos terão sido transparentes quando entrevistados sobre se suas empresas pagam suborno? Que nada! São empresas de consultoria que recebem ótimos honorários, na verdade extremamente generosos honorários, que espalham um pouco de alegria pelo mundo.
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